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Alagoas continua com menor IDH do Pa�s

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O Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, lançado ontem à tarde, no Palácio do Planalto, pelo IBGE, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), pela Fundação João Pinheiro (FJP) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), mostra que Alagoas continua liderando os Estados com pior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), que não passa de 0,633. Os outros quatro IDH-M mais baixos são: Maranhão (0,647), Piauí (0,673), Paraíba (0,678) e Sergipe (0,687). O Brasil melhorou sua posição no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) nos últimos 9 anos, passando de 0,709, em 1991, para 0,769, em 2000. Em comparação com 1991, o índice aumentou para todos os Estados e para a grande maioria dos municípios brasileiros. Na classificação internacional, o Brasil continua sendo um país de médio desenvolvimento humano. Os cinco Estados com maiores IDH-M no Brasil são, respectivamente, Distrito Federal (0,844), São Paulo (0,814), Rio Grande do Sul (0,809), Santa Catarina (0,806) e Rio de Janeiro (0,802), situando-se na faixa de alto desenvolvimento humano. Todos os demais encontram-se na categoria de médio desenvolvimento humano. São José da Tapera São José da Tapera, em Alagoas, é um bom exemplo da importância dos estudos do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal para a conscientização das comunidades e a formulação das políticas publicas. Classificado como o mais baixo IDH-M do Brasil na versão anterior do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, o município resolveu reagir, mobilizando a comunidade e o poder público para sair desta situação extrema. O resultado desse esforço foi que ele conseguiu o 36º melhor desempenho dentre todos os 5.507 municípios brasileiros, em termos de melhoria do IDH. A freqüência bruta escolar passou de 32% para 83%, e a taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais também cresceu de 30 para 50%. O ganho na longevidade foi muito significativo: a esperança de vida ao nascer passou de 51 para 59 anos, o que significa um aumento de quase um ano de vida para cada ano do calendário. A taxa de mortalidade infantil caiu de 114 óbitos de crianças até um ano de idade para cada mil crianças nascidas vivas, em 1991, para 67,4, em 2000. Com isso, São José da Tapera ganhou 74 posições no ranking dos municípios brasileiros, passando da 10ª pior posição (no ranking revisto para 1991), para a 84ª pior em 2000. São José da Tapera continua sendo um município muito pobre e com imensas carências. Sua renda per capita média cresceu somente de R$ 33 para R$ 43,5, mas seu IDH passou de 0,366, em 1991, para 0,528, em 2000, mostrando que, com políticas corretas, as condições sociais podem melhorar muito, mesmo em um ambiente de pobreza monetária. O município mais bem colocado no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) é São Caetano do Sul, no ABC paulista. Com um índice de 0,919, a cidade de 140 mil habitantes tem um nível de desenvolvimento humano equivalente ao da Nova Zelândia. Águas de São Pedro, outro município de São Paulo, aparece em segundo lugar no ranking, com IDH de 0,908. Além de liderar a classificação geral, São Caetano conquistou também a primeira colocação na dimensão longevidade. Com uma esperança de vida ao nascer de 78,2 anos, seus moradores têm uma vida média igual à dos gregos (14º colocados nesse quesito entre 173 países, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2002). O município do ABC ainda aparece em 2º lugar no ranking da dimensão educação e em 2º lugar na dimensão renda. De todos os municípios mais bem classificados, São Caetano do Sul é o que apresenta o desempenho mais equilibrado entre as três dimensões que compõem o IDH. Caso diferente, por exemplo, o de Niterói (RJ). Terceira colocada no ranking municipal do IDH (0,886), a cidade fluminense aparece em 3º lugar na dimensão educação, em 3º na dimensão renda, mas fica apenas com a 651ª posição em longevidade. Não se pode dizer que Niterói seja uma exceção. A cidade mais bem colocada no ranking de educação, Santo Amaro da Imperatriz, em Santa Catarina, fica apenas com a 251ª posição na classificação de longevidade e em 614º lugar na dimensão renda. Maiores ainda são as discrepâncias entre as três dimensões do IDH de Campos de Júlio (MT). Dona da quinta maior renda média per capita do País (R$ 777,45), essa grande produtora de soja do oeste do Mato Grosso aparece apenas em 739º lugar no ranking de longevidade e em 1.470º lugar no de educação. No último lugar do ranking do IDH está Manari, localizada no sertão pernambucano. Seus moradores sofrem com a mais baixa renda per capita média do País (R$ 30,43). Além disso, têm o 33º pior desempenho em educação e a 15ª pior classificação em longevidade. A cidade brasileira com menor expectativa de vida ao nascer é Centro do Guilherme, no Maranhão. Com uma vida média de 55,7 anos, seus moradores estão, nesse aspecto, em condição semelhante aos de Benin, na África. Já o município brasileiro com pior desempenho em educação é Jordão, no Acre. Lá, a taxa bruta de freqüência à escola é de apenas 49%, e 57% da população com 15 anos ou mais de idade é analfabeta. Das 100 localidades com o IDH-M mais alto do País, apenas quatro não estão localizados nas regiões Sul e Sudeste. E, mesmo assim, duas delas desfrutam uma situação tão especial que não podem nem sequer ser chamadas de municípios: são o arquipélago de Fernando de Noronha (único representante nordestino entre os ?top 100?) e a capital federal, Brasília. As outras duas cidades são fronteiras agrícolas bem-sucedidas do Centro-Oeste: Campos de Júlio (MT) e Chapadão do Céu (GO). Na outra ponta do ranking, os 100 municípios com menor IDH estão todos localizados nas regiões Nordeste e Norte.

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