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Nº 5822
Política

Legendas come�am a se adequar �s novas regras

A reação dos partidos e das lideranças políticas contra a verticalização das coligações, que obriga a repetir nos Estados as alianças eleitorais para presidente da República, já não tem a mesma intensidade que tinha na última segunda-feira, quando o Tribu

Por | Edição do dia 03/03/2002 - Matéria atualizada em 03/03/2002 às 00h00

A reação dos partidos e das lideranças políticas contra a verticalização das coligações, que obriga a repetir nos Estados as alianças eleitorais para presidente da República, já não tem a mesma intensidade que tinha na última segunda-feira, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou a novidade. Vários parlamentares e legendas já se recusam a votar em decretos e emendas constitucionais para resgatar a pluralidade das alianças, ao tempo em que se articulam para lançar candidatos a governador e presidente. No caso de Alagoas, que tinha uma previsão de quatro coligações e dois candidatos ao governo do Estado, a realidade já começou a mudar. O bloco PTB/PDT/PPS é um dos primeiros a procurar candidato ao Palácio dos Martírios. Segundo o deputado federal Régis Cavalcante (PPS), sua coligação terá de lançar candidato a governador para equilibrar a campanha eleitoral. A perspectiva, reconhece ele, é surgir mais candidatos ao governo do que existia antes, inclusive nas grandes legendas, como o PMDB. A deputada Lucila Toledo (PTB) disse que está eufórica com o movimento dos prefeitos no interior de Alagoas, que visa lançar um candidato a governador. “Assim como eu, eles não estão satisfeitos com as negociações que haviam para juntar o PSB, PSDB e PMDB”, declarou. De acordo com a parlamentar, que vai brigar pelo seu retorno à Assembléia Legislativa, a disputa pelo Palácio dos Martírios tornou-se mais importante para alguns do que a própria reeleição. “Para mim, é uma prioridade”, acrescentou. Régis Cavalcante voltou a dizer que não concorda com a verticalização das coligações neste momento. Mas enfatiza que é favorável ao princípio. Apesar dos desencontros que a medida vai causar no pleito deste ano, observou, o bloco PPS/PDT/PTB tem candidato a presidente da República (Ciro Gomes) e vai trabalhar para se unir aos partidos que não têm concorrente. “Buscamos o apoio do PMDB e de pequenas legendas. O PTN já declarou apoio”, afirmou. Referindo-se ao caso específico de Alagoas, Régis disse que o candidato a governador do seu bloco pode sair de qualquer partido que integra a coligação, e citou, como exemplo, o vice-governador Geraldo Sampaio. O vice-presidente do PFL em Alagoas, deputado Rogério Teófilo, acha que este mês de março será de intensa conversação entre os partidos. Ele já previa isto antes do TSE se manifestar sobre as coligações e entende que a necessidade do diálogo se tornou ainda maior agora, depois que foram desarmados alguns palanques. “A política é muito dinâmica. O PFL vai continuar conversando com aqueles que são oposição e aqueles que venham a integrá-la”, enfatizou. O dirigente pefelista acredita que ainda pode surgir um fato político forte, capaz de desestabilizar qualquer quadro ou candidato no Estado. O crescimento de Roseana Sarney nas pesquisas para presidente da República, observa ele, reforça essa tese. “Se a Roseana continuar subindo, vai influir muito no eleitorado do Estado”. O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Antônio Albuquerque (PTB), voltou a dizer no fim de semana que a verticalização das coligações muda tudo no quadro eleitoral de Alagoas. E o seu partido, destacou, com a união do PDT e PPS, deverá fazer as maiores bancadas da Câmara Federal e Assembléia Legislativa. “Em função disso, podemos ficar mais atrativos para outras legendas. Vamos aguardar agora as definições das coligações nacionais para tratar da ampliação da aliança”, acrescentou.

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