loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quarta-feira, 30/04/2025 | Ano | Nº 5956
Maceió, AL
24° Tempo
Home > Política

Política

PF prende quinze pessoas acusadas de desviar recursos da merenda

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

A Polícia Federal prendeu, ontem, 15 dos 18 acusados de participar de um esquema criminoso de desvio de recursos da merenda escolar. A fraude na aquisição de alimentos e outros produtos para escolas públicas do estado, com recursos do governo federal oriundos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), causou um prejuízo de cerca de R$ 4 milhões aos cofres públicos. Durante entrevista coletiva na manhã de ontem, o superintendente da PF em Alagoas, Omar Haj Mussi explicou como funcionava o esquema. As investigações que culminaram na Operação Farnel tiveram início há dois anos, após surgirem indícios de que estaria havendo fracionamento de despesas para beneficiar algumas empresas fornecedoras de gêneros alimentícios para as escolas estaduais Geraldo Melo dos Santos e Mário Gomes de Barros. O artifício seria uma maneira de obter dispensa de licitações e facilitar a fraude. O inquérito policial, informou ontem a PF, revelou que a operação fraudulenta também desviou recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), além de desvendar a atuação de uma empresa fornecedora de merenda escolar. “Visando fraudar a licitação devida, a empresa já apresentava ao diretor da escola as planilhas com as cotações de preços das empresas concorrentes. Os policiais federais constataram que as empresas concorrentes não existiam ou estavam em nome de ‘laranjas’ e que o esquema fraudulento alcançava diversas escolas do Estado de Alagoas”, destacou a assessoria do órgão. A Controladoria Geral da União (CGU) analisou os contratos e as prestações de contas das escolas públicas suspeitas de participação no esquema e identificou superfaturamento de 10% nos valores pagos. A Polícia Federal também interceptou telefonemas dos suspeitos e confirmou que alguns gestores das escolas investigadas recebiam propina dos donos das empresas.

Relacionadas