Política
Reforma vai criar mais de 130 �rg�os e encarecer a m�quina

ARNALDO FERREIRA A reforma administrativa provocará o aumento de 23 para 39 no número de secretários de Estado e criará mais de 100 cargos de primeiro, segundo e terceiro escalões. O impacto na folha de pessoal ainda é desconhecido. Mas já se sabe que o Executivo estará um e meio por cento mais caro. De qualquer maneira, fará a reforma sem poder ultrapassar o orçamento aprovado na Assembléia, que é de R$ 2.733.336.637. A dúvida é sobre a divisão do bolo orçamentário com as células. O deputado Rogério Teófilo (PFL) teme uma grande confusão. Porém, adianta que a reforma é legal, mas se torna imoral dentro da nova conjuntura democrática do País. Reforma do Estado O governador Ronaldo Lessa garante que o Estado ficará mais ágil e com recursos otimizados. Dentro do novo organograma ele ficará mais próximo do vice e controlando surpersecretarias ou supercélulas. A Supercélula Estratégica vai controlar as células de articulação governamental, que englobam a Secretaria de Articulação Governamental, que comandará as secretarias de Articulação Nacional, da Mulher, das Minorias, supe-rintendências da Juventude e do Cerimonial, e inclui mais cinco núcleos; e a célula de Articulação Regional, que engloba a Secretaria de Articulação Regional, que controla as secretarias executivas Metropolitana, do Norte, do Agreste e do Sertão e mais quatro núcleos. A outra supercélula é a Instrumental, que controla a célula de Planejamento, Gestão e Finanças, que comandará a Secretaria de Planejamento, Gestão e Finanças, que tem sob seu controle a Secretaria Executiva do Planejamento, Itec, Secretaria de Administração, Ipaseal, CARHP, Secretaria Estadual de Tributos e Arrecadação, Secretaria Estadual de Finanças e Ajuste Fiscal e mais cinco núcleos. A célula poderosa A maior das supercélulas é a Programática ou Finalística, que vai controlar as células de Educação e Desenvolvimento Humano; de Saúde e Bem-Estar Social; Desenvolvimento Econômico; de Justiça e Defesa Social; por fim, a da Infra-estrutura. Essas células controlam seis secretarias afins e 30 secretarias executivas e órgãos como Lifal, além de 20 núcleos. Resumindo o organograma, o governo está criando uma estrutura com 133 órgãos. Isto sem contar a Controladoria Geral do Estado, Procuradoria Geral, Gabinete Civil, Gabinete Militar, Secretaria Executiva de Comunicação, Assessoria de Articulação Colegiada e Assessoria Técnica do Governo. O atual líder do governo, deputado Petrúcio Bandeira (PSB), justifica a nova estrutura assegurando que ela representa a mudança de gestão.