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Nº 5759
Política

CPI apura viol�ncia contra jovens

Divulgado na última quinta-feira, o Mapa da Violência 2015 – focado em mortes por armas de fogo – reafirma o que já vem se tornando repetitivo. Alagoas, mais uma vez, lidera estatísticas, desta vez como o Estado onde, proporcionalmente, ocorre o maior núm

Por | Edição do dia 17/05/2015 - Matéria atualizada em 17/05/2015 às 00h00

Divulgado na última quinta-feira, o Mapa da Violência 2015 – focado em mortes por armas de fogo – reafirma o que já vem se tornando repetitivo. Alagoas, mais uma vez, lidera estatísticas, desta vez como o Estado onde, proporcionalmente, ocorre o maior número de homicídios com armas de fogo: 55 em cada 100 mil habitantes. E as principais vítimas são jovens de 15 a 29 anos, e de cor negra. O Mapa da Violência por Arma de Fogo mostra que em Alagoas e na Paraíba a vitimização de negros por arma de fogo supera em mais de 1000% a vitimização de brancos. Em 2012 morreram, em Alagoas, vítimas de homicídio com arma de fogo, 47 pessoas de cor branca e 1.624 de cor negra. Desse total, 1.097 assassinados eram jovens de 15 a 29 anos de idade. O estudo, de autoria do sociólogo Júlio Jacobo, reúne dados de 2012. Nota-se que tanto a taxa quanto o número absoluto de jovens mortos por armas de fogo em todo o País foram os mais elevados desde os anos de 1980, quando foi iniciada a série histórica do Mapa da Violência. E quando a análise foca na situação por Unidade da Federação (UF), os piores indicadores acabam apontando para Alagoas. “Entre as UFs, destaque pesado e altamente preocupante nesse campo é Alagoas, com níveis totalmente inaceitáveis de assassinatos por AF (arma de fogo) tanto para a sua população jovem (123,6%) quanto para a não jovem (28,2%), diz um trecho do relatório, na página 66. De acordo com o estudo, o índice de vitimização de jovens por arma de fogo no Brasil, em 2012, era 285% maior do que as vítimas não jovens. O Nordeste lidera o ranking, com 312%, e Alagoas aparece entre os 6 estados com índices extremamente elevados de vitimização juvenil, com 338%, atrás do Espírito Santo, que lidera o ranking, com 395%, e dos estados do Amapá, Minas Gerais, Ceará e Bahia. Entre as capitais, Maceió é a segunda em índice de vitimização de jovens entre 15 e 29 anos, com taxa de 489% acima das outras faixas. Perde apenas para Vitória, no Espírito Santo, onde a taxa chega a 587%. Os dados confirmam outros indicadores, como o relatório do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Racial 2014, divulgado na semana passada, que também destacou Alagoas como o estado onde os jovens negros e pobres estão mais vulneráveis à violência – num índice considerado ‘muito alto’ pelos pesquisadores. O IVJ baseou-se na análise de categorias como mortalidade por homicídios e por acidente de trânsito; frequência à escola e situação de emprego; pobreza no município e desigualdade.

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