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Nº 5759
Política

Bancada federal prev� agravamento da crise

O congelamento de quase R$ 70 bilhões do orçamento da União, detalhado na última sexta-feira pelo governo federal, vai complicar ainda mais o cenário financeiro de Alagoas, um dos Estados mais dependentes de Brasília e que já vinha sentindo as sucessivas

Por | Edição do dia 24/05/2015 - Matéria atualizada em 24/05/2015 às 00h00

O congelamento de quase R$ 70 bilhões do orçamento da União, detalhado na última sexta-feira pelo governo federal, vai complicar ainda mais o cenário financeiro de Alagoas, um dos Estados mais dependentes de Brasília e que já vinha sentindo as sucessivas quedas de repasses no último ano. A previsão, bastante lógica, preocupa a bancada federal alagoana, principalmente em relação às áreas da saúde e educação, cujos ministérios estão entre os três mais afetados com o contingenciamento. Durante o anúncio, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, explicou que o corte não será linear, apesar de alcançar todas as pastas. O Ministério das Cidades é o mais atingido, com R$ 17,23 bilhões de “economia” forçada. Em seguida vem o Ministério da Saúde, com R$ 11,77 bilhões contingenciados, e em terceiro lugar o Ministério da Educação, onde o corte passa dos R$ 9,2 bilhões. Barbosa, no entanto, não deu detalhes sobre quais ações serão prejudicadas. Segundo ele, isso será decidido por cada ministro. Para a bancada alagoana, Alagoas sofrerá com a queda de recursos. Uma das preocupações é saber se o contingenciamento será proporcional ao orçamento dos estados ou se o corte será igual para todos. “O governo federal tem que fazer de tal forma que trate os desiguais de maneira desigual, senão ele comete injustiça. Espero que tenham bom senso para haver diferenciação [no tratamento aos estados]”, destaca o deputado federal Ronaldo Lessa (PDT). O deputado João Henrique Caldas (SD), o JHC, considera que o Estado já vinha sentindo os efeitos de um contingenciamento não anunciado e que a situação, agora, só tende a piorar. “Alagoas já está sentindo. Na prática, isso já estava acontecendo, com a diminuição de investimentos, de repasses”, diz. “Alagoas, lamentavelmente, é um Estado federalizado, que precisa muito da ajuda do governo federal. Então, quando o governo federal não vai bem, Alagoas sofre, talvez até mais que outros estados, porque não temos recursos próprios. Agora a situação vai se agravar”. A previsão negativa, inclusive, não é refutada por Paulão (PT), principal porta-voz e defensor do governo federal no Estado. O deputado reconhece que Alagoas será penalizada, mas ameniza lembrando que todo o País passa pela mesma situação. “É uma realidade nacional. Como o Nordeste, principalmente Alagoas, tem dependência das verbas federais, é claro que o Estado terá dificuldade. Mas isso é fruto do que a gente está atravessando na conjuntura econômica, devido à crise internacional”, afirma.

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