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Nº 5759
Política

Ficha Limpa completa cinco anos de vig�ncia

A busca por mecanismos para blindar a sociedade da ação de políticos corruptos – que mesmo após depenarem os cofres públicos eram ‘premiados’ com mais um mandato – resultou numa das maiores mobilizações já vistas no País. Como resultado, nascia, há cinco

Por | Edição do dia 14/06/2015 - Matéria atualizada em 14/06/2015 às 00h00

A busca por mecanismos para blindar a sociedade da ação de políticos corruptos – que mesmo após depenarem os cofres públicos eram ‘premiados’ com mais um mandato – resultou numa das maiores mobilizações já vistas no País. Como resultado, nascia, há cinco anos, a lei 135/2010, mais conhecida entre a população como Lei da Ficha Limpa. Para a chegar ao status de lei, o caminho foi difícil, mas empolgante, visto que vários segmentos da sociedade civil organizada, a exemplo de entidades como a OAB, igrejas e organizações não governamentais, ganharam as ruas em busca de assinaturas para pressionar o Congresso Nacional. Foi nesse cenário que foram protocoladas pouco mais de 4 milhões de assinaturas, entregues em recheados carrinhos de supermercado na Câmara dos Deputados, para que fosse criada uma emenda popular. Como o caminho seria demorado, já que as assinaturas necessitariam de confirmação, os deputados se articularam e elaboraram o texto, juntamente com os vários segmentos. Entre os envolvidos diretamente com a redação estava o juiz Marlon Reis, que fez uma verdadeira cruzada pelo País. “A lei veio para ficar porque surgiu da pressão popular. O aprimoramento também se dará com o acompanhamento de todos nós”, destacou Marlon. Ele lembra que a lei é um dos instrumentos que a sociedade possui, mas a reforma política também é essencial. Integrante do mesmo movimento fundado pelo magistrado, o advogado Adriano Argolo, representante do Movimento de Combate ao Crime e à Corrupção Eleitoral (MCCE), também enaltece o avanço da lei para o País. “A lei pegou e veio para ficar. No Brasil, tem disso. Mas ela veio com a força do povo e das entidades. É a lei mais popular da história jurídica brasileira”, disse, lembrando a cena do dia do protocolo das assinaturas colhidas. Essa marca, para o integrante do MCCE, deveria ser ainda mais explorada, para que o cidadão perceba que tem força de transformar a realidade com debates de interesse público.

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