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Nº 5759
Política

“Ningu�m quer a greve por querer”

Há duas semanas, quando chegou para participar do 11º Congresso Estadual da CUT, em Maceió, não passava, nem de longe, pela cabeça da trabalhadora rural Rilda Maria Alves, 44 anos, chegar à presidência da maior central sindical do Estado. Mas aconteceu.

Por | Edição do dia 16/06/2015 - Matéria atualizada em 16/06/2015 às 00h00

Há duas semanas, quando chegou para participar do 11º Congresso Estadual da CUT, em Maceió, não passava, nem de longe, pela cabeça da trabalhadora rural Rilda Maria Alves, 44 anos, chegar à presidência da maior central sindical do Estado. Mas aconteceu. Quando a sindicalista Amélia Rodrigues, candidata natural à reeleição, anunciou, de forma inesperada, a sua desistência, alegando questões pessoais, foi um corre-corre para construir uma nova candidatura que a substituísse, sem rachar a entidade e sem quebrar o momento de protagonismo feminino na história da CUT. De uma hora para outra, sem tempo nem para pensar duas vezes, Rilda Maria viu-se candidata e saiu do congresso, no dia 30 de maio, eleita e empossada nova presidente da Central Única dos Trabalhadores. Nem deu para tomar pé da situação. No dia 1º de junho, ela já dividia com Amélia a mesa de negociação, na primeira reunião do Movimento Unificado dos servidores do Estado, com o governador Renan Filho (PMDB). “Podemos dizer que aquele foi o único dia de transição”, diz ela, ainda ofegante com tanta mudança. Ontem, entre uma missão burocrática e uma reunião com a comissão de negociação do Movimento Unificado, Rilda conversou com a reportagem da Gazeta, falou dos seus planos – ainda em construção – à frente da entidade e do desafio de querer unificar as lutas dos trabalhadores do campo e da cidade, em seus princípios mais elementares: a dignidade e a qualidade de vida de todos os trabalhadores. GAZETA – Com quantos anos você começou a trabalhar? Rilda Maria – Venho de uma família de trabalhadores rurais e aos sete anos já ajudava na roça. Mas meu primeiro emprego com carteira assinada foi aos 14 anos, numa firma de fumo, na Vila Bananeira, na zona rural de Arapiraca, onde vivo até hoje. Trabalhávamos com a folha verde, em todo processo para curtir o fumo, preparando para mandar para as indústrias de processamento, em Salvador.

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