No Judici�rio, falta sintonia com a popula��o
A presidente da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis), juíza Fátima Pirauá, não se eximiu de fazer uma crítica da própria categoria, mas optou pela moderação, já que acredita que o distanciamento do Judiciário se dá por meio de um julgamento equivo
Por | Edição do dia 12/07/2015 - Matéria atualizada em 12/07/2015 às 00h00
A presidente da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis), juíza Fátima Pirauá, não se eximiu de fazer uma crítica da própria categoria, mas optou pela moderação, já que acredita que o distanciamento do Judiciário se dá por meio de um julgamento equivocado das pessoas, por falta de informação. Quando somos criticados, numa ideia de senso comum, de que a polícia prende e a Justiça solta, isso não é verdade. Porque se houve prisão, é porque um juiz agiu para isso acontecer, exceto nos casos de flagrante, que até onde sei são muito pequenos, lembra. Ela acredita que as pessoas precisam compreender que se alguém é solto é porque a própria legislação assegura esse direito, que é para todos. Para a magistrada, falta o Judiciário se comunicar mais, estar mais próximo, se abrir para passar o que fez. Segundo a presidente da Almagis, os colegas precisam ser mais flexíveis e conversar mais com a mídia, para que o trabalho seja melhor compreendido e reconhecido. Temos um pouco de culpa quanto à desconfiança, porque às vezes somos muito fechados, reconheceu Fátima Pirauá, defendendo mais publicidade das decisões e diálogo. O coordenador do Fórum de Combate à Corrupção de Alagoas (Focco), José Carlos Castro avalia que existem pequenos avanços no poder público e no Judiciário, apesar da desconfiança geral da população. Existem avanços no que se refere às ações, por exemplo, que tramitam nas varas de primeira instância, mas ainda existe morosidade nos tribunais e as pessoas não veem os corruptos sendo punidos, aponta.