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Nº 5759
Política

No Judici�rio, falta ‘sintonia’ com a popula��o

A presidente da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis), juíza Fátima Pirauá, não se eximiu de fazer uma crítica da própria categoria, mas optou pela moderação, já que acredita que o distanciamento do Judiciário se dá por meio de um julgamento equivo

Por | Edição do dia 12/07/2015 - Matéria atualizada em 12/07/2015 às 00h00

A presidente da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis), juíza Fátima Pirauá, não se eximiu de fazer uma crítica da própria categoria, mas optou pela moderação, já que acredita que o distanciamento do Judiciário se dá por meio de um julgamento equivocado das pessoas, por falta de informação. “Quando somos criticados, numa ideia de senso comum, de que a polícia prende e a Justiça solta, isso não é verdade. Porque se houve prisão, é porque um juiz agiu para isso acontecer, exceto nos casos de flagrante, que até onde sei são muito pequenos”, lembra. Ela acredita que as pessoas precisam compreender que se alguém é solto é porque a própria legislação assegura esse direito, “que é para todos”. Para a magistrada, falta o Judiciário se comunicar mais, estar mais próximo, “se abrir para passar o que fez”. Segundo a presidente da Almagis, os colegas precisam ser mais flexíveis e conversar mais com a mídia, para que o trabalho seja melhor compreendido e reconhecido. “Temos um pouco de culpa quanto à desconfiança, porque às vezes somos muito fechados”, reconheceu Fátima Pirauá, defendendo mais publicidade das decisões e diálogo. O coordenador do Fórum de Combate à Corrupção de Alagoas (Focco), José Carlos Castro avalia que existem pequenos avanços no poder público e no Judiciário, apesar da desconfiança geral da população. “Existem avanços no que se refere às ações, por exemplo, que tramitam nas varas de primeira instância, mas ainda existe morosidade nos tribunais e as pessoas não veem os corruptos sendo punidos”, aponta.

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