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Nº 5759
Política

Estado e prefeituras gastam fortuna com ‘sucatas’ no transporte escolar

Às seis e meia da manhã e ao meio-dia, de segunda a sexta-feira, cerca de 200 mil crianças e adolescentes de Alagoas beneficiados pelo Programa de Transporte Público Escolar ficam em pontos especiais à espera dos ônibus sucatas, das caminhonetes com banco

Por | Edição do dia 26/07/2015 - Matéria atualizada em 26/07/2015 às 00h00

Às seis e meia da manhã e ao meio-dia, de segunda a sexta-feira, cerca de 200 mil crianças e adolescentes de Alagoas beneficiados pelo Programa de Transporte Público Escolar ficam em pontos especiais à espera dos ônibus sucatas, das caminhonetes com bancos de madeira (tipo pau de arara), dos barcos do Rio São Francisco. Para a garotada, a viagem até as escolas das redes estadual e municipais de ensino é um momento especial de rever os amigos, das brincadeiras... Para as mães, é mais um dia de rezar pela segurança dos filhos e dos condutores que levam os veículos sem conforto e sem equipamentos de segurança. “Só Deus protege as nossas crianças naqueles ônibus velhos”, resume a dona de casa Maria Dolores dos Santos, moradora do bairro de Guaxuma, litoral norte de Maceió e que diariamente embarca dois filhos e três sobrinhos nos ônibus velhos que fazem o transporte para as escolas públicas de Maceió. Nos ônibus, nas caminhonetes e nos barcos não há monitor. As próprias mães se revezam, quando podem, na segurança da garotada. “A gente não pode reclamar dos ônibus. Eles são bem velhos, sim, alguns quebram no meio do caminho, não tem conforto algum, trafegam com bancos rasgados ou de plástico duro. A única vantagem é que a gente não paga nada pelo transporte das crianças”, disse o mecânico José Antônio, do bairro de Ipioca, que tem três filhos estudando em escolas públicas de Maceió. Por outro lado, crianças como Israel da Silva, de seis anos, matriculado na Escola Municipal Sagrado Coração de Jesus, brincam com a situação: “O ônibus é velho, mas é legal. Quando chove, é aquela correria dentro do ônibus para não se molhar. A gente vive brincando quando vai e na volta para casa”, conta.

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