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Nº 5759
Política

Prefeituras devem reduzir sal�rios

Em busca de alternativas para equilibrar as contas das prefeituras, manter em dia os pagamentos e dar continuidade aos serviços básicos ofertados à população, o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Marcelo Beltrão, propôs cortar 10% do

Por | Edição do dia 05/09/2015 - Matéria atualizada em 05/09/2015 às 00h00

Em busca de alternativas para equilibrar as contas das prefeituras, manter em dia os pagamentos e dar continuidade aos serviços básicos ofertados à população, o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Marcelo Beltrão, propôs cortar 10% dos salários dos prefeitos, vice-prefeitos e comissionados. A sugestão foi anunciada na segunda reunião da Mobilização Municipalista que aconteceu ontem, em Cajueiro. A mobilização reúne os prefeitos e foi iniciada semana passada em Arapiraca. O objetivo é mostrar para a população e a imprensa os números da crise. “O FPM (Fundo de Participação dos Municípios) vem caindo mês a mês e fica difícil fazer um planejamento, não sabemos como vamos pagar o décimo terceiro dos servidores. Essa angústia precisa ser compartilhada com a população”, afirmou Marcelo Beltrão. Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), as cidades brasileiros já sofreram um impacto de R$ 21,9 bilhões nas despesas com pessoal entre os anos de 2003 até a previsão para 2016. Em Alagoas, os prefeitos estão reduzindo gastos e tentando evitar as demissões. O prefeito Manoel Tenório, de Quebrangulo, fez um acordo com a equipe comissionada e, ao invés de demitir, reduziu em 15% todos os salários, incluindo o do prefeito e vice. Também reduziu a cota de combustível. A prefeita Pauline Pereira, de Campo Alegre, lembrou que esse não é só um problema da gestão municipal; alguns governadores também já anunciaram que vão parcelar os salários. “Precisamos do apoio da população para cobrar que o governo federal corrija a injustiça tributária”, afirmou a prefeita anfitriã, Lucila Toledo, que também reduziu 20% do salário dos comissionados e aguarda uma decisão da justiça para reduzir o seu salário e o do vice-prefeito. Diante de tantos arrochos nas verbas e o subfinanciamento dos programas federais, muitos prefeitos declararam que precisam escolher entre a Lei de Responsabilidade Fiscal e a prestação de serviços para a população. Paulo Acioly, prefeito de Satuba, sugeriu que fosse devolvido o FPM do próximo mês na íntegra para chamar atenção do descaso.

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