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Nº 5759
Política

Governo pressiona empres�rios, que se queixam dos preju�zos

“Diante desta crise que aumenta a cada dia e reduz a receita dos estados e municípios, tudo é possível dentro da lei para manter a arrecadação em níveis aceitáveis”, sacramentou o governador Renan Filho (PMDB) ao afirmar, com exclusividade para a Gazeta,

Por | Edição do dia 06/09/2015 - Matéria atualizada em 06/09/2015 às 00h00

“Diante desta crise que aumenta a cada dia e reduz a receita dos estados e municípios, tudo é possível dentro da lei para manter a arrecadação em níveis aceitáveis”, sacramentou o governador Renan Filho (PMDB) ao afirmar, com exclusividade para a Gazeta, que poderá fazer novos enxugamentos funcionais nas secretarias e na folha de pessoal. Porém, o governador reconhece que o Estado não pode ficar parado e nem demitir demais. Ele reconhece a necessidade também de melhorar a arrecadação com tributos. O recado foi direto para os usineiros de Alagoas, que “choram” por causa, segundo eles, de sete anos de prejuízos. Mesmo assim, desde o final do ano passado, as 22 usinas de cana de açúcar e destilarias não pagam impostos e nem o parcelamento do ICMS da cana própria pactuado em 2007. Este ano devem recolher de tributos apenas R$ 110,36. Os dados estão em um documento da Secretaria da Fazenda (Sefaz) que a Gazeta teve acesso via Sindicato do Fisco de Alagoas (Sindifisco). Os usineiros alegam que o setor está ameaçado economicamente por conta da crise e da falta de incentivo do Programa Nacional do Álcool. Ao apresentar a situação do setor numa audiência pública na Assembleia Legislativa Estadual (ALE), o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas (Sindaçúcar), Pedro Robério, mostrou números que, segundo ele, confirmam a crise no setor. “Há oito anos, o setor não sabe o que é lucro. Os prejuízos começaram com a falta de preço real do etanol, com a seca e com a falta de política federal para o programa do álcool”. Segundo Robério, a crise já provocou o fechamento de 83 usinas no Brasil, no centro sul já fecharam 63 usinas e 19 no Norte e Nordeste e em Alagoas, cinco. “A crise no Estado tomou proporções inimagináveis, por conta da seca e baixa remuneração da produção”, reclamou Robério, ao reconhecer, também, que o fechamento de usinas aumenta a crise social e da economia estadual.

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