Recursos devem ajudar no pagamento da folha de pessoal
Os cortes nas despesas das secretarias, enxugamento na folha de comissionados e repactuação das dívidas resultam numa economia no orçamento estadual de R$ 377 milhões. Mas ainda não são suficientes para garantir o pagamento em dia do funcionalismo e nem d
Por | Edição do dia 06/09/2015 - Matéria atualizada em 06/09/2015 às 00h00
Os cortes nas despesas das secretarias, enxugamento na folha de comissionados e repactuação das dívidas resultam numa economia no orçamento estadual de R$ 377 milhões. Mas ainda não são suficientes para garantir o pagamento em dia do funcionalismo e nem dos credores. Tanto que o Executivo ainda não sabe como vai pagar as folhas do décimo terceiro salário e a de dezembro, que juntas somam R$ 500 milhões, adianta o secretário da Fazenda, George Santoro. O Estado acompanha com preocupação: a situação de queda na arrecadação do governo federal, os impactos nos Estados, como no Rio Grande do Sul, que parcelou em quatro vezes os salários, os efeitos no Nordeste e particularmente nos estados vizinhos como Pernambuco, Paraíba e Sergipe que também atravessam dificuldades financeiras. A situação é muito difícil, adianta o secretário da Fazenda. Se a crise aprofundar e a arrecadação despencar novamente, como deve acontecer em setembro, segundo os cálculos de economistas como Cícero Perícles (professor doutor da Universidade Federal de Alagoas), o governo pode adotar medidas mais duras e aí não descarta nem a possibilidade de parcelamento da folha. Renan Filho adianta: Estamos trabalhando forte para evitar isto [o parcelamento dos salários], mas tudo é possível se houver novas quedas financeiras.