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Nº 5759
Política

Vice da AMA quer acabar bem o mandato

Entre os 66 prefeitos de Alagoas que devem desistir do projeto de reeleição por conta da crise que leva à falência as administrações municipais, aguça as críticas da oposição e dos eleitores está o vice-presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (A

Por | Edição do dia 06/09/2015 - Matéria atualizada em 06/09/2015 às 00h00

Entre os 66 prefeitos de Alagoas que devem desistir do projeto de reeleição por conta da crise que leva à falência as administrações municipais, aguça as críticas da oposição e dos eleitores está o vice-presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e prefeito do município sertanejo de Pão de Açúcar, o professor universitário Jorge Dantas (PSDB). Os vereadores da cidade dele, por exemplo, o acusam de gastar somas milionárias com aluguel de carros e combustível. “A preocupação hoje dos prefeitos e a minha também é terminar bem o mandato. Diante desta crise que estamos vivendo, a reeleição não é um projeto prioritário e nem sei se vale a pena continuar com este projeto político”, observa. Dantas diz sonhar em melhorar a condição de vida dos 24 mil habitantes da cidade de Pão de Açúcar, localizada no sertão, às margens do Rio São Francisco. A agricultura de milho e feijão, segundo ele, foi mais uma vez dizimada pela seca e agora com a ‘seca verde’, a população da zona rural depende de caminhões pipa e de ajuda financeira para sobreviver. “Os prefeitos de cidade pobres, como a minha, dependem dos recursos e programas federais. A queda na arrecadação complica ainda mais a nossa situação. Hoje, a nossa principal tarefa na prefeitura é pagar a folha do funcionalismo e demitir”, lamentou. Segundo Jorge Dantas, os prefeitos trabalham no limite da capacidade financeira para a oferta de serviços à população. Lembrou que a partir de 2008, os municípios vêm perdendo recursos. Um valor que supera a casa de R$ 1,5 bilhão só este ano. Com o discurso afinado com a maioria dos prefeitos, o vice-presidente da AMA disse que a situação se agravou porque o governo federal encontrou formas de arrecadar, sem partilhar com os demais entes federados. Nos últimos seis anos, o governo tomou um FPM inteiro de Alagoas. Os municípios deixaram de receber do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) um total de R$ 121,4 bilhões.

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