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Nº 5759
Política

Prefeitos decidem parar por 5 dias contra crise

Os efeitos da crise econômica que levaram o governo federal a cortar 38% do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), neste mês, fizeram os prefeitos tomar uma medida inédita em Alagoas: os gestores decidiram ‘entrar em greve’. A partir da p

Por | Edição do dia 12/09/2015 - Matéria atualizada em 12/09/2015 às 00h00

Os efeitos da crise econômica que levaram o governo federal a cortar 38% do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), neste mês, fizeram os prefeitos tomar uma medida inédita em Alagoas: os gestores decidiram ‘entrar em greve’. A partir da próxima segunda-feira, a maioria dos 66 prefeitos presentes à reunião extraordinária da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) vai fechar as portas e só manterão os serviços essenciais de saúde, como urgência e emergência, e ainda assim sob a responsabilidade das equipes do Programa de Saúde da Família (PSF). Na próxima sexta-feira, eles farão um grande ato, com a interdição da ponte que liga Propriá (SE) à cidade alagoana de Porto Real do Colégio. O protesto, inclusive, contará com prefeitos sergipanos. Segundo os prefeitos, o objetivo é criar um fato nacional para chamar a atenção da presidente Dilma Rousseff, que deve estar em Alagoas para a inauguração do trecho 3 do Canal do Sertão. Ontem, reunidos na sede da AMA, entre lamentos e críticas ao governo federal, os prefeitos revelaram que, nas cidades, os cortes de gastos com pessoal, que têm provocado demissão e até greves, são encarados pela população como “fraqueza”, já que em outras cidades, ao invés dessas medidas, ocorrem festas gigantescas de emancipação política – quando são pagos cachês altos a artistas nacionais. Já os demitidos, ao deixarem a gestão, passam rapidamente a integrar o coro da oposição e, segundo os prefeitos, ao invés de contextualizarem o problema, personalizam a crise como sendo fruto da má gestão. “Nunca fui a favor de paralisação, mas sou obrigado a concordar que não há outro caminho para tentarmos reverter essa situação. Inclusive, já antecipo aqui que irei cortar os salários dos secretários em 10%”, disse o presidente da AMA, Marcelo Beltrão (PTB), que administra a cidade de Jequiá da Praia. O prefeito da cidade de Canapi, Celso Luiz (PMDB), que também apoia a mobilização, confirmou que, por conta da crise, não tem escapado de críticas.

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