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Nº 5759
Política

Estado quer barrar entrada de drogas

A entrada de drogas no sistema prisional de Alagoas fugiu do controle das autoridades. A quantidade mínima de servidores para a custódia de reeducandos, estrutura fragilizada das unidades e o grande número de familiares dos presos que entra para as visita

Por | Edição do dia 20/09/2015 - Matéria atualizada em 20/09/2015 às 00h00

A entrada de drogas no sistema prisional de Alagoas fugiu do controle das autoridades. A quantidade mínima de servidores para a custódia de reeducandos, estrutura fragilizada das unidades e o grande número de familiares dos presos que entra para as visitas sem que a vigilância adequada seja feita têm permitido o aumento do tráfico e de consumo de entorpecentes nas celas. E as drogas continuam chegando aos detentos por dois caminhos que não se conseguem combater: por meio dos parentes, em grande maioria, e pelos agentes penitenciários corrompidos. Alguns já foram punidos, até com demissão. O Estado anunciou, como medidas urgentes, a modernização dos presídios, com aquisição de tecnologias que detectam materiais ilícitos e a capacitação dos agentes. A Justiça aponta, como solução, a realização de concurso público e a implantação do regime de cogestão. A militarização também é apontada como alternativa. No entanto, apesar do investimento e das medidas que podem ser implantadas, é praticamente impossível que se consiga erradicar a entrada de drogas nos presídios. As próprias autoridades do segmento, ouvidas pela Gazeta, fazem esta avaliação. Em mais de 90% das ‘batidas’ feitas nos módulos dos presídios de Alagoas uma porção de drogas é encontrada. Maconha e cocaína lideram o ranking de substâncias consumidas naqueles ambientes. Por incrível que pareça, pedras de crack não são as preferidas dos usuários. E a maneira como o material alcança as celas é a mais variada possível. Os próprios agentes confessam que a forma mais comum é a mulher enrolar os papelotes em uma camisinha e introduzi-la na vagina. Vários casos assim já foram registrados. Porém, há situações em que homens são flagrados com drogas escondidas no ânus e mães que tentam levar drogas para os maridos presos escondidas nas fraldas descartáveis dos recém-nascidos. Sem falar nos que acreditam que embrulhar maconha em pães e caixas de comida não serão descobertos no momento das revistas.

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