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Nº 5808
Política

PFL deve romper hoje com governo do PSDB

Brasília – O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE) afirmou, ontem, que o partido vai anunciar hoje o rompimento com o governo federal. Embora ressalvasse que a decisão final é da executiva nacional e do presidente do PFL, senador Jorge Bornhause

Por | Edição do dia 07/03/2002 - Matéria atualizada em 07/03/2002 às 00h00

Brasília – O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE) afirmou, ontem, que o partido vai anunciar hoje o rompimento com o governo federal. Embora ressalvasse que a decisão final é da executiva nacional e do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, o deputado explicou que 100% da bancada do partido na Câmara é favorável ao afastamento. “Vamos comunicar isto aos ministros do PFL amanhã (hoje)”, afirmou. Inocêncio fez o anúncio baseado nos contatos feitos ontem de manhã com as lideranças das bancadas nos Estados. “Se ontem eram 99% a favor, agora são 100%”, garantiu. Ele descartou a possibilidade de o partido recuar diante de qualquer gesto do governo, mesmo do presidente FHC. “Nenhum gesto mais, a sorte está lançada, eu não vejo chance de recuo nas bancadas”, disse. Antes de tomar a decisão final, a executiva nacional do PFL ainda ouvirá hoje pela manhã a opinião dos governadores e prefeitos de capitais. A reunião está marcada para as 10h, no Hotel Blue Tree Park, ao lado do Palácio da Alvorada. O vice-presidente, Marco Maciel (PFL-PE), também estará presente. Ele deve ser o único pefelista a continuar no governo. Reforma A reforma antecipada estaria condicionada à decisão de que será tomada pela Executiva do PFL de se manter ou não no governo. “Como presidente da República, Fernando Henrique Cardoso tem o poder e o direito de tomar esta decisão a qualquer tempo”, afirmou Virgílio sobre a reforma. A informação da suposta reforma ministerial teria sido divulgada ontem. O presidente teria feito a declaração antes de embarcar no Panamá de volta ao país. A Polícia Federal divulgou uma nota negando que FHC tenha recebido informação antecipada sobre a operação de busca e apreensão ocorrida no escritório da empresa Lunus na sexta-feira passada. A empresa pertence à governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e ao marido dela, Jorge Murad. O comunicado nega também que tenha sido enviado, via faz, um relatório da operação ao presidente pelas autoridades policiais.

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