Dilma diz que a��o da PF foi desnecess�ria
A presidente Dilma Rousseff manifestou em pronunciamento no Palácio do Planalto o mais absoluto inconformismo com a desnecessária condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e indignação com os termos da delação premiada do senado
Por | Edição do dia 05/03/2016 - Matéria atualizada em 05/03/2016 às 00h00
A presidente Dilma Rousseff manifestou em pronunciamento no Palácio do Planalto o mais absoluto inconformismo com a desnecessária condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e indignação com os termos da delação premiada do senador Delcídio do Amaral. Ao lado de 12 ministros, Dilma iniciou o pronunciamento, para o qual os jornalistas foram convocados em um dos salões do Palácio do Planalto, com um breve comentário sobre o episódio da condução coercitiva de Lula para depoimento aos investigadores da Operação Lava Jato, em São Bernardo do Campo. Quero manifestar o meu mais absoluto inconformismo com o fato de o ex-presidente Lula, que por várias vezes compareceu de forma voluntária para prestar esclarecimentos perante as autoridades, seja agora submetido a uma desnecessária condução coercitiva para prestar mais um depoimento, disse. Em seguida, ela se dedicou a falar sobre o conteúdo do depoimento em delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), no qual ela é acusada de tentar interferir nas investigações da Operação Lava Jato e de ter conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras. Ao falar sobre o trecho da delação de Delcídio na qual o senador disse que ela nomeou um ministro do STJ para beneficiar empresários denunciados na Lava Jato, Dilma disse que jamais tratou do assunto com o senador. Do ponto de vista institucional, não teria nenhuma razão a pedir com um senador para conversar com um juiz. Não é o senador que participa dos processos de nomeação dos ministros do STJ e nem do Supremo. Nomeei 16 ministros do STJ e 5 do Supremo. É absolutamente subjetiva e insidiosa a fala do senador, se ela foi feita, declarou.