Porto Calvo – Servidores do município de Campestre realizaram, ontem de manhã, uma manifestação em frente ao Fórum Domingos Fernandes Calabar, em Porto Calvo, sede da Comarca. Eles denunciaram supostos desmandos administrativos cometidos pelo prefeito daquele município, Amaro Gilvan de Carvalho (PTdoB), o “Gilvan Cabeção”. Segundo eles, o gestor deixou de pagar salários e complementos financeiros a cerca de 30 servidores efetivos, comissionados e contratados. O gestor também teria exonerado funcionários, afetando programas e serviços essenciais à população. Os servidores queriam ser recebidos pelo promotor de Justiça, Adriano Jorge Barros, mas ele não compareceu ontem ao Fórum. Uma comissão conversou com os juízes de Direito: João Paulo Martins da Costa (1ª Vara) e José Eduardo Nobre Carlos (2ª Vara). Os magistrados explicaram que só podem agir se forem provocados pelo Ministério Público Estadual (MPE) ou por ação judicial movida pelos próprios servidores que se sentem afetados pelas medidas do prefeito. O advogado Frederico Barbosa, que representa os trabalhadores, informou que na próxima segunda-feira vai se reunir com o promotor de Justiça, quando decidirá qual medida jurídica será tomada. “Vamos esperar o que o promotor tem a dizer sobre o caso. De qualquer forma, poderemos entrar com uma ação para obrigar o gestor a pagar os salários atrasados, bloqueando o Fundo de Participação do Município (FPM). Não há justificativa para atraso salarial, uma vez que Campestre recebeu recursos da Repatriação”, afirmou o advogado à reportagem.