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Nº 5759
Política

PMDB anula pr�vias e dever� apoiar Serra

Brasília – O PMDB não realizará mais as prévias que escolheriam no dia 17 de março o candidato próprio do partido à Presidência da República. A decisão de  anular a consulta foi tomada ontem, em convenção extraordinária da legenda. Foram 356 votos contrár

Por | Edição do dia 09/03/2002 - Matéria atualizada em 09/03/2002 às 00h00

Brasília – O PMDB não realizará mais as prévias que escolheriam no dia 17 de março o candidato próprio do partido à Presidência da República. A decisão de  anular a consulta foi tomada ontem, em convenção extraordinária da legenda. Foram 356 votos contrários e apenas 38 favoráveis, além de dois votos em branco. O resultado dá vitória à Executiva Nacional do PMDB, majoritariamente favorável à aliança com o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador José Serra. Mas a convenção do PMDB de junho é que irá dar a palavra final sobre o destino do partido nas eleições presidenciais deste ano. Os dirigentes do partido conseguiram obter o apoio expressivo de mais da metade do total de 691 votos dos convencionais. “Foi uma vitória muito significativa”, comemorou o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP). “Seria um engessamento muito indigesto caso escolhêssemos um candidato”, completou Temer. Candidato do partido ao governo do Rio Grande do Norte, o deputado Henrique Eduardo Alves acredita que a derrota das prévias fortalece a parceria com o PSDB de Serra. “Não há hipótese de ficarmos sozinhos nas eleições”, disse. Mas com o rompimento entre o PFL e o governo, acabou a pressa. “Institucionalmente, a direção do PMDB está legitimada e ganhamos tempo para conversar com os outros partidos”, afirmou o líder do partido na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima (BA). Além disso, antes de fechar qualquer acordo com o PSDB, os peemedebistas estão ansiosos para saber a resposta das consultas feitas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que irá esclarecer os detalhes sobre a vinculação das coligações estaduais à nacional. “A posição correta é esperar o fim do imbróglio com o PFL e o esclarecimento pela Justiça Eleitoral sobre a verticalização das coligações e, por isso, não é momento de decisão”, concordou o ministro da Integração Nacional, Ney Suassuna (PMDB-PB). Para garantir a presença maciça dos convencionais, a direção do partido fez uma ampla mobilização. Contou ainda com a ajuda do ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP), pai da governadora do Maranhão e candidata do PFL à Presidência da República, Roseana Sarney. O senador tem esperanças de que, sem candidatura própria, o PMDB venha a apoiar Roseana. “O Sarney não veio, mas mandou o pessoal dele vir aqui votar”, disse o presidente Michel Temer.

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