Política
TJ/AL COME�A ANO CORTANDO GASTOS

O novo comando do Tribunal de Justiça em Alagoas (TJ/AL) tomou posse ontem e sabe, desde já, que terá pelo menos um desafio a vencer: manter o Judiciário funcionando com um duodécimo considerado aquém das necessidades do poder. Situação que deve refletir no enxugamento do quadro de pessoal, com cortes de servidores em cargos comissionados e no adiamento da realização de concurso público para contratação de pessoal. Nesta segunda-feira, 9, o novo presidente do TJ, desembargador Otávio Leão Praxedes, se reúne com a equipe para tomar as primeiras medidas em relação à situação financeira do Poder Judiciário, mas de antemão afirma que cortar despesas será imprescindível. O Tribunal, disse o presidente, tem uma carência em torno de 700 funcionários, segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Precisa também de mais de 27 juízes, sendo que 37 foram aprovados no último concurso e aguardam apenas a nomeação. ?Nosso orçamento não atende as necessidades da justiça, apesar de reconhecer que há uma crise nacional. Então, vamos implementar meios para administrar o Tribunal dentro dessa situação. Há, da minha parte, uma certa compreensão de que até cargos comissionados eu vou ter que cortar dentro da estrutura do nosso poder para ver se ao chegar ao final do ano o nosso orçamento comporta o funcionamento do Tribunal?, revelou o presidente do TJ, durante entrevista coletiva antes da solenidade de posse, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro do Jaraguá. O presidente estava acompanhado de seu vice, desembargador Celyrio Adamastor Tenório Accioly e do corregedor-geral da Justiça, Paulo Barros da Silva Lima. Otávio Praxedes disse também que para ele ?seria uma infelicidade total enquanto gestor, comandante do Poder Judiciário, chegar ao final do mês e não ter a verba suficiente para pagar pelo menos os nossos vencimentos, subsídios. Eu vou fazer tudo para que esses atrasos, que já estão sendo verificados em outros tribunais, não ocorram dentro da nossa instituição. Mas há uma preocupação hoje, não somente minha, mas de todos os gestores em cortar gastos, compreender a situação nacional para que o Poder Judiciário possa dar essa contribuição ao Poder Executivo?, afirmou. Questionado pela Gazeta se o duodécimo do Judiciário, aprovado pela Assembleia Legislativa, é suficiente para bancar os custos do poder, Otávio Praxedes disse que não. E chamou o orçamento do Judiciário de ?minguado?.