Política
MP faz apreens�o de documentos

Arapiraca ? Com a operação deflagrada na sexta-feira (20) pelo Grupo Especial de Combate a Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual, nos municípios de Ouro Branco e Poço das Trincheiras, chega a cinco o número de ex-prefeitos acusados de crime contra o erário público. Os promotores investigam irregularidades na contratação e superfaturamento nos pagamentos de serviços prestados por empresas na realização de eventos promovidos pela prefeitura, nos anos de 2013 a 2016. Um total de 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara da Capital foram cumpridos nas sedes das secretarias municipais de Administração, Finanças, Cultura e Comissão Permanente de Licitação, além das residências dos dois ex-prefeitos, José Gildo Rodrigues, em Poço das Trincheiras, e Atevaldo Cabral Silva, de Ouro Branco. O Gecoc, com o apoio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e da Polícia Militar, apreenderam documentos referentes a processos de licitação, dispensa de licitação, contratação e comprovantes de pagamento referentes a serviços de locação e montagem de estruturas de palco, som, iluminação, projeção e geradores de energia, que eram usados durante shows realizados em locais públicos, e também documentos referentes à locação de veículos. Para o Ministério Público Estadual, os ex-prefeitos de Ouro Branco e Poço das Trincheiras são suspeitos de comandar esquema de superfaturamento e desvio de recursos públicos na contratação de empresas para a realização desses serviços, esquema semelhante que pode ter sido praticado em Santana do Ipanema, Pão de Açúcar e Maravilha. Durante os cumprimentos dos mandados ontem, os promotores encontraram indícios de pagamentos feitos em desconformidade com a legislação. Foram encontrados processos que foram pagos sem a assinatura dos atestos e sem a comprovação por meio de documentos essenciais. Na residência do ex-prefeito José Gildo, foram encontrados R$ 12.720 em espécie e documentos pertencentes à prefeitura. O cumprimento do mandado na residência foi acompanhado por um advogado, mas, conforme a assessoria de comunicação do MPE, como não havia comprovação da origem do dinheiro, os valores foram apreendidos.