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Nº 5832
Política

Coliga��es casadas causam reviravolta no Estado

Além de desarrumar o xadrez político que estava sendo montado para a sucessão estadual, a verticalização das coligações (que proíbe alianças eleitorais nos Estados diferentes da aliança para presidente da República) causou uma grande reviravolta na disp

Por | Edição do dia 10/03/2002 - Matéria atualizada em 10/03/2002 às 00h00

Além de desarrumar o xadrez político que estava sendo montado para a sucessão estadual, a verticalização das coligações (que proíbe alianças eleitorais nos Estados diferentes da aliança para presidente da República) causou uma grande reviravolta na disputa pela Câmara Federal. Segundo deputados da Assembléia Legislativa, se o PFL, PMDB e PSDB lançarem realmente candidatos a presidente, as nove vagas de deputado federal de Alagoas podem ficar apenas com dois grupos. As coligações beneficiadas, segundo eles, devem ser a do PTB/PPS/PDT/PRP, que reúne candidatos da oposição e independentes, a do PSB/PL, que reúne em sua maioria candidatos governistas, e uma terceira força, liderada pelo PFL. Isto porque, até o momento, elas são as únicas com condições de atingir o coeficiente eleitoral, que deve ficar em torno de 110 mil votos. “Como as outras legendas ficarão isoladas e com poucos candidatos fortes, dificilmente vão eleger sequer um representante”, estimou no fim de semana o deputado estadual Cícero Amélio (PPS). Coligações Nas contas dos parlamentares da ALE, que também estão sendo afetados pela regra das coligações casadas, apenas uma terceira força terá condições de eleger deputados federais. É a do PFL, juntando-se com o PPB, PRTB e outras legendas. Como existem de três a cinco candidatos fortes nesse possível grupo, provavelmente ele atingiria mais de 110 mil votos. Se o quadro das coligações ficar realmente como está e se confirmarem as contas feitas na Assembléia, cinco dos atuais deputados federais de Alagoas não devem retornar à Câmara no próximo ano. Alguns já demonstram inquietação diante do quadro e apostam na reação do Congresso Nacional para derrubar a verticalização das coligações, o que permitiria a eles formar chapas mais amplas e seguras no âmbito do Estado. O vice-presidente regional do PFL, deputado Rogério Teófilo, admite que o quadro ficou difícil e tumultuado. Mas acha que o tumulto atinge todo mundo. Para ele, nada pode ser previsto ou calculado até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responda às várias consultas que foram feitas na semana passada por partidos e parlamentares, a respeito de como devem se proceder as coligações nos Estados. Os questionamentos foram levantados depois que o Tribunal divulgou as instruções para as eleições de outubro mantendo a verticalização das alianças. Se as coisas continuarem como estão e o PFL não conseguir coligar-se com o PPB, PRTB e outros pequenos partidos, poderá surgir um terceiro nome na legenda para disputar uma vaga na Câmara. Esse nome, no entanto, não foi citado por Rogério Teófilo nem pelo presidente do partido, deputado Thomaz Nonô. “Daqui para junho, ainda teremos muitas surpresas”, disse Teófilo.

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