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Nº 5759
Política

Semin�rio pol�tico vai esclarecer d�vidas sobre resolu��o eleitoral

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Por | Edição do dia 10/03/2002 - Matéria atualizada em 10/03/2002 às 00h00

Os partidos políticos de Alagoas irão realizar, na próxima quarta-feira, das 8h às 12h, em um dos salões do Hotel Meliá, um seminário que irá discutir o novo direcionamento dado às eleições deste ano, através da resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que vincula as coligações nos Estados com as de presidente da República. O encontro, que está sendo organizado pelos diretórios regionais do PSL, PMN, PTdoB, PAN e Prona, promete abordar minuciosamente o tema, bem como as implicações que trará para as articulações políticas dos partidos no Estado de Alagoas. Os debates serão abordados por especialistas na Legislação Eleitoral. Os filiados dos partidos promotores do seminário estão sendo convocados para tomar conhecimento das implicações promovidas pela nova legislação eleitoral. Segundo o presidente estadual do PMN, Ildo Rafael, serão discutidos os casos de propaganda antecipada dos pré-candidatos, além das possíveis coligações e a denominada chapa-branca, que será abordada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de cada Estado, caso alguém denuncie. “O seminário vai aliviar e tirar dúvidas de gente que até já pensou em desistir de disputar o pleito deste ano. Será a vez dos partidos marginalizados pelos grandões se aprimorarem no conhecimento, para não serem tragados pelos espertalhões, que agora estão subjugados, com a “camisa-de-força”, chamada verticalização das alianças”, observou Ildo Rafael. Objetivo Objetivo dos organizadores é reunir cerca de 180 filiados destas agremiações, os quais pretendem disputar uma das 27 vagas da Assembléia Legislativa do Estado. “Serão filiados da Capital e do Interior. Temos candidatos em todos os municípios e por isso faremos um senador. Já temos o nome. Sabemos o que queremos e estamos nos organizando para a formação do maior bloco partidário, em termos numéricos, para estas eleições”, enfatizou Marcos Toledo, presidente do PTdoB, acrescentando que o evento estará aberto também a filiados de outros partidos e seus dirigentes, bem como a interessados no assunto. O presidente estadual do PSL, Adeílson Bezerra, declarou que é a favor da verticalização das coligações, mas contra seu oportunismo. Para ele, a resolução do TSE veio em tempo inoportuno, pois pegou os partidos políticos desprevenidos. “A nova legislação eleitoral acaba com a importância dos pequenos partidos e uniformiza as coligações. O eleitor poderá identificar seu candidato pela idéia do partido que ele representa”, salientou Bezerra. Projeções Para o presidente do PSL, em Alagoas, recomeçam as discussões e projeções matemáticas do quadro proporcional, pois os partidos deverão analisar as possibilidades de coligações, levando em consideração o cálculo do coeficiente eleitoral. “Algumas agremiações partidárias estão em posição bastante confortável. Elas terão condições de eleger mais de três deputados estaduais, se não se coligarem com ninguém. Podemos citar como exemplo o PTB, que pode eleger seis ou sete parlamentares, e o PTdoB, que deverá fazer três estaduais. Se as duas siglas optarem por alianças, o número de deputados eleitos poderá dobrar, devido ao coeficiente eleitoral” - explicou Adeilson. Dificuldades Ele acrescentou que os dirigentes partidários terão que analisar, de forma fria, todas as possibilidades de alianças para a chapa proporcional. “Essa realidade é ruim para os partidos com candidatos a presidência da República, como o PSB, PSDB, PFL e PPS, que ficam sem poder de mobilidade na eleição de seus candidatos a deputado estadual e federal. Essas siglas deverão voltar à estaca zero, procurando novos parceiros. Os partidos que já estão articulados, com chapa proporcional própria, são os grandes beneficiados pela nova legislação das coligações. As grandes agremiações irão encontrar dificuldades quase intransponíveis para eleger seus parlamentares. Se optarem por sair sozinhos, não elegerão ninguém”, observou Bezerra. De acordo com suas informações, será necessário 110 mil votos para eleger um deputado federal em Alagoas e 30 mil para estadual. Adeilson declarou que o PSL está livre em nível nacional e irá analisar qual rumo será melhor para o partido nos Estados. “Se tivermos dificuldades de estabelecer coligação nacional, em detrimento dos aliados já feitos nas unidades da Federação, iremos votar, na convenção, que o PSL não se alie a ninguém em nível nacional. Dessa forma, estaremos livres para fazer as coligações mais convenientes nos Estados”, frisou. Em Alagoas, Adeilson Bezerra declarou que o PSL está analisando os efeitos da resolução do TSE para se adaptar à nova realidade e optar pelo melhor entendimento.

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