Ministro da Justi�a descarta ida de Beira-Mar para o Piau�

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, admitiu, ontem, que errou ao anunciar prematuramente a transferência do traficante Luiz Fernando da Costa - Fernandinho Beira- Mar, para a penitenciária do Piauí, que seria federalizada. O ministro praticamente descartou a possibilidade de usar o presídio para detentos de alta periculosidade, Bastos criticou a imprensa por transformar o narcotraficante num “por star”. O governador Ronaldo Lesas (PSB) evitou a polêmica que envolve o Piauí e o governo federal sobre a construção do presídio federal naquele Estado. Lessa voltou a sustentar que Beira-Mar só fica em Alagoas 40 dias. “Este é o prazo estabelecido e acordado com o governo federal”, divulgou Lessa, por intermédio de sua assessoria. O governador, que estava ontem pela manhã em Brasília e à tarde na Paraíba, disse estar recebendo relatórios constantes sobre a permanência do narcotraficante. “Está tudo sob controle”. Críticas Já o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas, Jorge Venerando, distribuiu uma nota de repúdio contra a transferência. “A sede da Superintendência da Polícia Federal em Alagoas não tem estrutura de presídio de segurança máxima para manter um preso de alta periculosidade como este”. Entre os fatos curiosos que ocorrem em torno do traficante um chamou a atenção, ontem. Sua advogada, Cecília Machado, antes de viajar para Brasília teria comprado R$ 500 em revistas e livros para Beira-Mar. A maioria das revistas era erótica. Cécília tenta, hoje, apressar o julgamento do recurso para que Beira-Mar possa voltar ao Rio de Janeiro. (AF)