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Collor alerta para escassez de água potável

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Com a autoridade de quem realizou a Rio 92 e trouxe cerca de 180 chefes de Estado ao Brasil, o senador Fernando Collor de Mello (PTC) defendeu, em discurso na abertura do 8º Fórum Mundial da Água, ontem, o compartilhamento de benefícios, inovação, tecnologia e métodos eficientes que tragam à população mundial a tão sonhada ?Justiça Climática?. Ele alertou que o tempo é escasso para realizar uma mudança e, portanto, é preciso agir agora para garantir um mundo habitável a todos. ?Assim como a água, o tempo é escasso?, frisou o parlamentar. Em seu discurso, Collor relatou que, conforme as Nações Unidas, há água suficiente para atender a todos, mas não dentro do atual modelo de má governança dos recursos disponíveis. Para o ex-presidente, o quadro atual mostra que um novo paradigma de uso precisa ser adotado, e com urgência. Fernando Collor ressaltou que, em nível global, um grave problema começa a se desenhar com potencial de alimentar conflitos entre estados que usufruem de bacias hidrográficas. ?Por isso, devemos compartilhar experiências do uso da água e o tratamento de seus efluentes de forma justa, pacífica e soberana, buscando a paz e a segurança. Assim, este é o momento em que a coragem precisa triunfar de modo racional, sem paixões. E temos de ter a bravura de propor novos caminhos. E aí, o caráter colaborativo e parceiro de nossa cultura deve prevalecer. Esta é uma oportunidade de traduzir palavras em diretrizes efetivas para garantir a sobrevivência da espécie humana?. LEGADO DA RIO 92 O senador destacou que a escalada humana no planeta trouxe inúmeros progressos, ao tempo que este caminho tem sido inexorável para a destruição do ser humano como espécie pela poluição. ?O ar está cada vez mais poluído; a temperatura cada vez mais alta; o alimento cada vez mais artificial; e a água cada vez mais escassa. Afinal, não descobrimos o fogo para morrermos de sede?. A preocupação de Fernando Collor com a convivência harmônica do ser humano com o mundo habitável não é de hoje. Como presidente da República, ele promoveu há 26 anos a Conferência Mundial do Meio Ambiente, a Rio 92, que superou todas as expectativas. Com a presença de cerca de 180 Chefes de Estado e de Governo, à oportunidade, foram assinadas as convenções internacionais sobre biodiversidade e mudança climática, a Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e a Agenda 21. ?Ali, o conceito de desenvolvimento sustentável ganhou projeção, passando a integrar a pauta de qualquer discussão econômica que se propusesse relevante, e a se incorporar em definitivo à agenda de todas as nações. Em 2012, voltamos a sediar uma grande conferência, a Rio+20, por mim proposta, quando se aprovou o importante princípio do não retrocesso?, lembrou o ex-presidente.

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