Política
Servidores decidem sobre greve em julho

As diversas categorias de funcionários públicos de Maceió recusaram, em assembleia realizada ontem, os 3% de reajuste salarial propostos pelo município. Um indicativo de greve será votado no dia 9 de julho próximo. Com a decisão, aumentou a tensão entre os servidores e a gestão do prefeito Rui Palmeira (PSDB) que, por meio dos secretários que compõem a mesa de negociação, bateu o martelo em relação ao índice de reposição salarial. O município, alega a gestão, esbarra em limitações financeiras, geradas tanto por baixa arrecadação, quanto pelos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os servidores reagiram marcando dois dias de protesto. Na próxima semana, os dias 20 e 21 serão de mobilização, anuncia o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió (Sindspref), Sidney Lopes. Segundo ele, nessas datas, os servidores municipais estarão reunidos na Praça Deodoro, no Centro, de onde sairão em passeata em direção às secretarias de Finanças e Administração. ?O índice está muito abaixo do que temos direito, como reposição dos anos de 2015, 2016 e 2017, que é 15,41%?, afirma o dirigente sindical. Segundo Lopes, por conta da defasagem, há servidores em Maceió com vencimento abaixo do salário mínimo oficial, que é de R$ 954. ?Sem as correções nas tabelas do Plano de Cargos e Carreira, e sem as gratificações, os salários de muitos servidores ficam abaixo do mínimo?, declara ele.