Política
Corte de verbas deixa Ufal em dificuldades

As universidades federais brasileiras têm sofrido com a redução de verbas para investimentos. Os repasses efetuados pelo Ministério da Educação (MEC) reduzem a cada ano, em contraponto à política de expansão do ensino superior, iniciado em 2008. Com isso, as instituições acabam impossibilitadas de executarem reformas e construções de novos prédios, entre outros gastos considerados não obrigatórios, mas necessários ao funcionamento e melhoria da educação. E na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) a situação não tem sido diferente. Entre 2017 e 2018 houve um aumento de 12% no orçamento global, principalmente ao destinado ao pagamento de pessoal e encargos sociais, mas, para os recursos destinados à equipamentos e materiais permanentes a redução chega a 45% no período. Se a comparação for feita em relação ao ano de 2015, o orçamento utilizado para os cuidados físicos e estruturais da universidade, a queda chega a 85%, segundo dados da Pró-Reitoria de Gestão Institucional. O orçamento previsto da Ufal para 2018 é de aproximadamente R$ 849 milhões, mas, deste total, apenas R$ 9,4 milhões devem ser utilizados para investimentos. 84,24%, ou seja, mais de R$ 715 milhões serão gastos com pessoal e encargos sociais. Na prática, conforme a reitoria da instituição, os valores para investimentos devem ser ainda menores que o constante em orçamento.