Política
Relação com Congresso deve mudar

Desde que concluiu a indicação de seu ministério, sem ouvir ou consultar partidos, o presidente Jair Bolsonaro tem afirmado que vai criar um ?jeito novo? de lidar com os partidos, políticos e, por tabela, com o Congresso Nacional. Na semana passada, o líder do seu governo, deputado Vítor Hugo (PSL- GO), eleito para o seu primeiro mandato, confirmou essa estratégia do presidente. Ele mesmo, por causa do perfil neófito, vem sendo considerado pelos parlamentares mais experientes da Casa uma aposta arriscada devido à sua inexperiência. Vale lembrar que entre as missões do líder está a apresentação da pauta de interesse do governo, a mobilização de sua base e a articulação para a respectiva aprovação. Atividades que, para quem conhece e acompanha as sessões da Câmara dos Deputados até o ano passado, sabe que não é fácil por causa das articulações contrárias dos grupos organizados, das outras bancadas partidárias e do trabalho de algumas corporações. Como o governo de Bolsonaro quer aprovar a Reforma da Previdência, além de medidas econômicas e também contra a corrupção ainda no primeiro semestre, o trabalho será árduo. Quando foi ouvido sobre a ?missão?, Vitor Hugo disse que Bolsonaro não irá abandonar os partidos, porém priorizará negociações com políticos. Ele garantiu, ainda, que não será uma reedição do ?toma lá dá cá? que marcou vários governos passados, mas sim uma negociação que leve em conta os interesses nacionais, sem paralisar a economia, nem afetar segmentos organizados do agronegócio.