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Privatização da Casal leva tensão a servidores

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O ano começou tenso para os trabalhadores da Companhia de Saneamento e Esgoto do Estado de Alagoas (Casal). É que se o governo e prefeituras aceitarem a implantação de um novo modelo de gestão, com repasse de serviços para uma subconcessionária, pode haver demissão em massa. A qualidade e o aspecto social dos serviços também mudaria. Isto porque a subconcessionária não tem obrigação em atender demandas que envolvam os efeitos de uma crise hídrica. Segundo a vice-presidente do Sindicato dos Urbanitários, Dafne Orion, a retomada das conversas para a adoção desse novo modelo não é nova. Mas, depois de um tempo adiada, surpreendeu a todos o fato de voltar a pauta da empresa. Ela explica que o projeto de operação por meio de subconcessionária foi sugerido pela consultoria Ernst & Young, que custou R$ 10 milhões. E que agora o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) promete para Alagoas o repasse de R$ 6 bilhões em investimentos. ?A operação desse modelo é o pior cenário para os trabalhadores e a sociedade. Se implantado, significa perder totalmente o controle do serviço de saneamento?, disse Dafne. AUTONOMIA Atualmente, a Casal atende a maioria dos municípios, mas onde não opera o serviço é feito pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). De acordo com o modelo proposto, a Casal teria que absorver o SAAE e repassar para a subconcessionária operar. ?Sendo assim, a empresa ao invés de recolher direto do cliente receberia um percentual da empresa, que em valores de hoje não daria nem para custear a energia que é comprada para operar as bombas de distribuição?. disse Dafne. Sem dinheiros, sem serviço para realizar na maior parte do Estado, os trabalhadores temem o pior. A empresa, atualmente, conta com 1 mil funcionários. Com o novo formato, onde vai reduzir sua capacidade de operação nas cidades, também deve ter menos trabalhadores. Dos três blocos operacionais apontados no estudo de viabilidade, a Casal ficaria apenas com uma parcela de pouco mais de 20% do que opera atualmente. Entretanto, tendo ainda a missão de cobrir ações emergenciais decorrentes da falta de água provocada pela seca. Ou seja, a subconcessão, que na verdade será uma maneira de iniciar a privatização da empresa, irá operar no chamado ?filé? do serviço que seriam nas cidades com operação viável de serviço de esgoto e abastecimento de água.

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