Política
Avaliação é exigida em vários países desenvolvidos

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB-AL), Nivaldo Barbosa Júnior, defende a realização do Exame e diz que essa exigência acontece em vários países desenvolvidos. Para ele, o processo seletivo deveria ser adotado, inclusive, por outras profissões. Posição semelhante também é adotada pela presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da entidade, Taciana Omena. Nesta última semana, ela passou a integrar a Coordenação Nacional do Exame de Ordem Unificado (EOU). ?A Ordem se manifesta veementemente contra o fim do Exame. Primeiro porque o Exame de Ordem não é invenção brasileira e existe em vários países desenvolvidos como forma de avaliar a capacidade técnica dos profissionais, que vão lidar com bens jurídicos extremamente relevantes como a liberdade das pessoas, o patrimônio das pessoas, como a honra das pessoas. Infelizmente, o foco está equivocado?, pontua Nivaldo Júnior. De acordo com ele, o problema não está na qualidade do ensino e o Ministério da Educação (MEC) precisa concentrar energias nas faculdades de Direito, para que se possa trazer para o mercado de trabalho pessoas extremamente qualificadas e que dignifiquem a profissão. ?Então esse é um problema que não somente o curso de Direito deveria ter o exame seletivo, mas qualquer profissão que trabalhe com bens jurídicos tão relevantes deveriam sim se submeter a um processo seletivo, seja ele na área de saúde, ciências jurídicas; a responsabilidade é muito grande?, acrescenta o advogado.