Política
1º de Maio terá mobilização de trabalhadores

Às vésperas de mais um Dia Mundial do Trabalho, no dia 1º de Maio, próxima quarta-feira, o trabalhador alagoano não tem muito o que comemorar. Na semana que passou, o Ministério da Economia divulgou números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), onde no primeiro trimestre deste ano, Alagoas registrou o fechamento de mais de 40 mil postos de trabalho, contra 23.907 contratações, ficando um déficit de 16.992. perdas Segundo o presidente da Força Sindical, Abegemar Casemiro, conhecido como ?Gima?, o trabalhador brasileiro não tem o que comemorar. Segundo ele, foram muitas perdas desde a reforma trabalhista realizada durante o governo de Michel Temer e prestes a ter que trabalhar mais tempo, se a reforma da Previdência for aprovada. ?Infelizmente, o trabalhador só teve perdas. Nenhuma reposição salarial. O governo anunciou que vai acabar com o abono salarial [PIS/Pasep] e se a reforma da Previdência passar [for aprovada no Congresso Nacional], vamos ter que trabalhar por mais tempo para nos aposentar?, comentou. Ainda de acordo com Gima, com a eleição do presidente Jair Bolsonaro, suas declarações, e discursos de cunho militar, a força de sindicatos, centrais e movimentos perderam força e adesão, porque, segundo ele, o militante ?está com medo?. ?Esse presidente reacendeu um discurso que só era visto na ditadura. Suas declarações contra os movimentos dos trabalhadores, centrais sindicais, têm feito com que os militantes ficassem com medo. É uma onda de intolerância, que eles ficam com medo?, disse. FATOR LULA Abegemar ainda destacou que a prisão de Lula enfraqueceu a militância no Brasil porque, segundo ele, o maior líder popular da América Latina servia de inspiração e apoio para os trabalhadores, mas sentiram a ausência dele nas ruas e nos atos. ?A prisão injusta de Lula atingiu o coração da força sindical. Os trabalhadores tinham nele uma inspiração, mas agora a ausência dele foi sentida e enfraqueceu o nosso movimento. Mas o Lula sempre disse que devemos resistir, e é isso que vamos fazer. Vamos resistir e nos reerguer?, concluiu o presidente da Força Sindical à reportagem da Gazeta. PROTESTOS O Dia Mundial dos Trabalhadores será marcado por atos em todo o Brasil em defesa da aposentadoria e contra a Reforma da Previdência. Em Maceió, o ato terá início às 9h, na Praia da Pajuçara, próximo ao Porto de Maceió. O ato está sendo convocado pelas centrais sindicais, movimento unificado dos trabalhadores e pelas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular. Segundo a organização, trabalhadores, movimentos estudantis e movimentos sociais devem tomar as ruas da capital contra o fim da aposentadoria, por mais geração de empregos e salários.