Política
Transfer�ncia de Beira-Mar s� dever� ocorrer na ter�a-feira

Brasília (AE) - O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, deverá continuar mais algum tempo sob a custódia da Polícia Federal. Ele só deve deixar a PF em Maceió, onde está preso há 34 dias, no dia 6, terça-feira, quando termina o prazo de 40 dias acertado como governo alagoano. Depois de inspecionar diversos presídios de segurança, as autoridades policiais brasileiras concluíram que nenhum deles tem condições de receber Beira-Mar. Opções A União tem pelo menos cinco opções para a transferência do traficante - a principal é São Paulo. Esta semana, policiais federais estiveram no Espírito Santo inspecionando a penitenciária local, mas reprovaram as instalações. ?Não estavam adequadas e não daria tempo de fazer uma reforma?, disse um integrante da cúpula da área de segurança pública da União. Diante disso, o governo decidiu estudar a possibilidade de manter Fernandinho Beira-Mar em uma das superintendências da PF, como ocorre hoje. A União selecionou Manaus, Fortaleza, Florianópolis, São Paulo e Campo Grande como opções para transferir Beira-Mar. Mas o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, resiste em recebê-lo. Esta alternativa havia sido estudada anteriormente, quando estava se esgotando o prazo para Beira-Mar deixar o presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo. A PF chegou a armar um esquema especial, mas Alckmin pediu ao Palácio do Planalto que a transferência não fosse feita. O governo federal recuou e, diante da falta de alternativa, tentou negociar com os governadores de Mato Grosso do Sul, José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, que se negou a receber Beira-Mar. A última opção foi Ronaldo Lessa (PSB), de Alagoas, que aceitou o traficante, mas condicionou sua estada por apenas 40 dias. Imobilizada Aparentemente, a Polícia Federal não está se mobilizando para tirar Beira-Mar de Maceió antes do prazo. Um dos problemas é a falta de meio de transporte. Os dois aviões Caravan da PF, que são usados neste tipo de trabalho, estavam até hoje na Amazônia. Um deles ficaria na região por mais 15 dias, enquanto a outra aeronave apresentou problemas técnicos. Em Brasília, os policiais do Comando de Operações Táticas (COT), a divisão de elite da PF, responsável por este tipo de operação, também não haviam sido acionados.