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TRE fecha as portas até que sem-terra saiam da Sinimbu

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Luiza Barreiros O pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiu ontem suspender o expediente no órgão por tempo indeterminado. A medida voltou a ser adotada por causa da insegurança provocada pela presença de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que há 32 dias estão ocupando a Praça Sinimbu (em frente ao Tribunal) e a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), localizada próximo à sede do TRE. O pleno decidiu que só voltaremos a funcionar quando houver plena segurança no local, comunicou ontem o presidente do Tribunal, desembargador José Fernandes de Hollanda Ferreira. Segundo ele, há um clima de insegurança entre os servidores, principalmente depois da divulgação da notícia de que o MST pretendia ocupar mais um prédio de um órgão federal. Seria uma forma de fortalecer a principal reivindicação do movimento, que é a exoneração do superintendente do órgão, Gino César Menezes. O TRE é um órgão federal e está numa localização estratégica para eles, por isso o temor dos nossos funcionários, explicou o desembargador. O pleno também decidiu que sua decisão deveria ser comunicada ontem mesmo, por meio de ofício, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao governo do Estado e ao comando da Polícia Militar. O coronel Edmilson [comandante da Polícia Militar] tem sido muito atencioso conosco, observou o presidente. Segundo ele, no entender do pleno do TRE, a colocação de mais soldados para garantir a segurança do órgão poderá acirrar ainda mais o clima. Não temos medo dos sem-terra, mas do que pode ocorrer às pessoas que estão no Tribunal, caso haja um conflito. Não queremos de forma alguma ser pivô de um derramamento de sangue, observou o desembargador-presidente. Ele lembrou que nas calçadas que cercam a praça há pedras espalhadas estrategicamente para serem atiradas em caso de confronto, o que aterroriza as pessoas que têm de passar pela praça. Estamos nos sentindo reféns, e o mais prudente é que o expediente seja suspenso até que haja uma solução para o impasse, reforçou o desembargador. Apesar de acreditar que a solução para o impasse saia em três ou quatro dias, o desembargador afirmou que, se houver necessidade, poderá convocar os integrantes do Pleno para se reunirem em outro local.

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