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Novo comandante do CB já foi punido

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ODILON RIOS Repórter O novo comandante do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) de Alagoas, coronel Jair Cordeiro, que assumiu ontem a função, já enfrentou problemas com a Justiça alagoana e chegou a ser punido pela Justiça com a perda de uma medalha de Honra ao Mérito, entregue pelo próprio Poder Judiciário. O juiz que puniu o novo comandante foi James Magalhães de Medeiros, o mesmo que considerou o governador Ronaldo Lessa (PDT) inelegível e cassou o mandato do vereador eleito Paulo Corintho (PV), atualmente secretário executivo de Esporte e Lazer. A indicação do coronel Jair Cordeiro chegou a ser vista como uma vingança de Lessa contra o juiz. O novo comandante do Corpo de Bombeiros procurou ontem não dar essa conotação à sua nomeação para o posto, e minimizou o episódio da perda da honraria. Eu apenas disse que não me sentia bem em ter uma medalha de um pessoal que participava de uma Justiça que não comungava, mas foi um momento de emoção. Hoje, tenho um bom relacionamento com o doutor James Magalhães e gosto muito do doutor Carlos Alberto [promotor da Justiça Militar]. Acho que isso é coisa do passado, e entender isso como vingança do governador, eu acho que jamais. O nosso governador não chega a isso. Nosso governador é uma pessoa muito inteligente, disse o novo comandante. AQUARTELAMENTO Em 2001, oficiais militares, que são proibidos de fazer greve, convocaram uma assembléia e decidiram pelo aquartelamento. Eles queriam reajuste salarial e pediam melhores condições de trabalho na instituição. Em 2004, os oficiais que participaram do aquartelamento foram condenados a dois anos e sete meses de reclusão, mas eles entraram com recurso no Tribunal de Justiça e o caso se arrasta até hoje. O Ministério Público Militar acusou os oficiais em 16 crimes, mas eles foram condenados em três. IRMÃO PUNIDO No julgamento dos militares, o irmão do novo comandante, major Hermes Cordeiro, também foi condenado, acusado de ser um dos líderes do aquartelamento. Segundo apurou a Gazeta, ele daria apoio moral às reivindicações dos militares. ### Coloquei uma pedra em cima disso Na época da punição de seu irmão, o coronel Jair, inconformado, foi às rádios reclamar do tratamento dado ao irmão e criticou a Justiça Militar. Em conseqüência disso, foi obrigado, pelo juiz James Magalhães, que é da Justiça Militar, a devolver a medalha quemhavia recebido. A perda da condecoração foi decidida por unanimidade pelo Conselho Militar (cinco a zero). O processo foi um tanto mal-feito pelo oficial da corporação, afirmou ontem o coronel Jair. Eu critiquei o oficial e o chamei de dinossauro, pessoa arcaica que não deveria estar atrapalhando a vida de companheiros, continuou. Nada contra o doutor James Magalhães nem contra o doutor Carlos Alberto. Ainda segundo o coronel, o caso está superado. Eu nem lembrava disso. Isso aconteceu há uns quatro ou cinco meses. Coloquei uma pedra bem em cima disso. O vice-governador Luis Abílio (PSB) disse que o novo comandante tem uma ficha limpa e todo o apoio do governador do Estado. Achar que é vingança seria achar que o governo se move por questões pequenas, de menos importância. O descontentamento de alguns não modifica a orientação do governo nas suas metas. Não passa de especulação. Segundo Abílio, o coronel Jadir Ferreira, ex-comandante, com certeza irá assumir novas missões no governo. SEM COMENTÁRIOS A Gazeta contactou o juiz James Magalhães, mas ele evitou comentar o episódio. Informou apenas que, por orientação do seu advogado, não falaria sobre o assunto. O magistrado, que também responde pela 3ª Zona Eleitoral, declarou inelegíveis o governador e o secretário Metropolitano, Alberto Sextafeira, por três anos. O argumento é de que, na campanha eleitoral para prefeito de Maceió, em 2004, durante uma reunião com servidores comissionados do Estado, Lessa estaria pedindo votos ao então candidato a prefeito da capital, Sextafeira. O magistrado entendeu que houve abuso de poder político de Lessa na campanha. James Magalhães de Medeiros também julgou procedente a ação de impugnação de mandato do vereador Paulo Corintho (PV) por abuso de poder econômico e captação ilegal de sufrágio, ou seja, compra de votos.

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