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Política

Reforma vai enquadrar marqueteiros

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| ODILON RIOS Repórter A nova proposta de reforma eleitoral, que deve ser votada até o próximo dia 22 pelo Senado, promete provocar dor de cabeça nos marqueteiros de todo o país. O projeto reduz os custos de campanhas eleitorais para combater a corrupção e o caixa dois. Ficarão proibidos, por exemplo, os showmícios, uma das armas mais utilizadas nas campanhas eleitorais, especialmente na periferia, para angariar votos. Outro golpe, também para os marqueteiros, são os novos parâmetros para os programas de TV, em que só poderão aparecer os candidatos, eliminando imagens externas. Os cenários dos programas de TV, que até o ano passado eram sofisticados, serão limitados ao logotipo do partido ou ao nome dos candidatos. Para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o projeto, do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), é boa idéia. Precisamos acabar com a pirotecnia publicitária que multiplica os gastos na propaganda eleitoral, abre portas para o abuso do poder econômico e para a corrupção e torna a disputa completamente desigual. O mesmo argumento vale para a realização de showmícios durante o período da campanha. A reforma eleitoral, que pretendemos votar este mês no Senado, coloca as coisas em seu devido lugar: campanha eleitoral não é espetáculo, é debate de idéias, de propostas, esclareceu o senador. Pela proposta apresentada pelo PFL, serão centralizados em uma única conta bancária, por partido e por candidato, todos os desembolsos durante a campanha. A idéia é que exista a transparência nos financiamentos que inclusive serão limitados, no caso das empresas particulares , além do aumento das penas por irregularidades. Caixa DOIS O que motivou a reforma eleitoral, vista como mais urgente que a reforma política, foram as denúncias de caixa dois em campanhas eleitorais em todo o país, especialmente entre petistas. Como mais um indício de um suposto caixa dois em campanha, o publicitário Duda Mendonça, principal marqueteiro do presidente Lula na campanha eleitoral, disse ter recebido dinheiro do publicitário Marcos Valério, acusado de ser o suposto operador do mensalão (ver matérias nas páginas A7, A8 e A9). É claro que a discussão precisa ser mais ampla. O que está por trás do caixa dois é a questão, sempre polêmica, do custo das campanhas, afirmou Renan. Tenho defendido o financiamento público como a melhor forma de reduzir o abuso do poder econômico e a relação promíscua, vergonhosa, entre empresários, partidos e poder público. Mas há quem defenda um maior controle do financiamento privado, ou um sistema misto. Um debate da maior importância, mas que, infelizmente, não é possível esgotar em tempo hábil para as eleições de 2006. (Com informações da presidência do Congresso)

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