loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
terça-feira, 08/07/2025 | Ano | Nº 6005
Maceió, AL
23° Tempo
Home > Política

Política

Lyra: solidariedade no caso da dívida

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

| ODILON RIOS Repórter Depois do vice-presidente da Câmara dos Deputados, José Thomaz Nonô (PFL), o deputado federal João Lyra (PTB) também se diz solidário ao governador Ronaldo Lessa (PDT) na negociação da dívida de Alagoas com o governo federal, cujas parcelas comprometem mensalmente 22% da receita do Estado. Como parte de um acordo firmado em 2002, com o então ministro da Fazenda, Pedro Malan, o governo alagoano comprometia apenas 15% da receita nos pagamentos ao Tesouro Nacional. Estou solidário com a estrutura do governo para se reduzir os números, mas não sou solidário a não se aprofundar no assunto, disse Lyra por telefone, na terça-feira. O aprofundamento, segundo Lyra, seria uma análise para saber por que o Estado paga essa dívida à União. É a origem de quem fez isso, explicou, dizendo ainda colocar de lado questões políticas para apoiar a reivindicação do governo estadual, conforme termos utilizados pelo deputado. No domingo, Lyra, garantindo ser candidato ao governo, disse à Gazeta que administraria o Estado com 10 secretarias e que o Estado precisava de carinho e amor. Comparou as máquinas administrativas do governo Lessa e da prefeitura de Maceió, lembrou as obras que estavam sendo empreendidas pelo prefeito Cícero Almeida (PTB) e alfinetava o governador: Só precisa de organização. Porém, dois dias depois das declarações, ao ser questionado sobre a manutenção da dívida, caso ganhe a disputa pelo governo em 2006, João Lyra fez crer que o pagamento será resolvido até lá, ou seja, até janeiro de 2007, caso seja vitorioso. Vou fazer a mesma coisa que o governo está fazendo: tentar baixar a dívida e prorrogar o prazo, analisou, completando: Vou ver se diminuo a dívida e aumento estes recursos para Alagoas. É preciso que tudo isso seja bem-feito para dar certo, apontou. Desde o começo da semana, o governo resolveu contra-atacar o deputado depois da entrevista concedida à Gazeta no fim da semana. Na terça-feira, Lyra evitou revidar as declarações do governador, que responsabilizou o deputado pela situação financeira do Estado: Esse senhor [Lyra] ficou muitos anos sem pagar imposto e nesse tempo todinho o que ele fez foi enricar e levar o dinheiro para fora. Disse que ama muito Alagoas, mas as grandes empresas dele estão pondo dinheiro lá fora. Isso é o que Alagoas precisa saber. O deputado respondeu, em tom bem-humorado: Meu querido, da minha parte não vai haver resposta. Como o povo deu a resposta em Maceió para mim, quando elegeu o Ciço [Almeida] prefeito de Maceió, vou deixar que esse mesmo povo dê a resposta nas urnas. ### Finados não interrompe articulações O Dia de Finados, ontem, em Alagoas, não interrompeu as negociações políticas entre candidatos ou não ao governo do Estado ou a outros cargos eletivos, como é o caso do vice-presidente da Câmara dos Deputados, José Thomaz Nonô (PFL). O deputado estava no Estado resolvendo o racha do seu partido, na Câmara Municipal de Maceió, entre os vereadores Cristiano Matheus e o presidente da Casa, Arnaldo Fontan, ambos do PFL. O atual presidente tentou, sem sucesso, um projeto para antecipar sua própria reeleição na Casa de Mário Guimarães. No dia da eleição, há três semanas, Matheus apresentou chapa. Fontan desmarcou a eleição. Apesar do silêncio do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB), sobre a disputa pelo governo alagoano, ele estava ontem percorrendo municípios alagoanos, preocupado com a estratégia do deputado João Lyra (PTB), segundo apurou a Gazeta. Lyra já estaria com bases fixadas em muitos municípios, interligadas com seu escritório político, em Guaxuma, em Maceió. Em discurso na segunda-feira, em Murici, Renan dizia, em discurso: A pauta do Congresso está trancada na terça-feira e vou ficar aqui até quinta. Vou aos municípios conversar com todos, porque é disso que gosto: voltar a Brasília com as baterias carregadas. O senador tenta uma aproximação cada vez maior com o grupo político do governador Ronaldo Lessa (PDT). Mas, nos discursos, não deixa de tentar pregar a idéia da União por Alagoas uma tentativa de colocar na mesma mesa de negociações Lyra e Lessa. Não se sabe o resultado destas articulações. Já o deputado João Lyra construía suas articulações em silêncio, mas na segunda-feira se isolou das negociações. Estava em Maceió, mas doente. |OR ### Miranda: sem previsão de jantar de Lessa com Sampaio e nova ameaça de racha com Lula Um jantar, que estava programado para esta semana, entre o governador Ronaldo Lessa (PDT) e o ex-presidente do partido, Geraldo Sampaio, foi suspenso por tempo indeterminado, disse o porta-voz da legenda, Wellison Miranda. Segundo Miranda, no jantar estaria em pauta uma conversa para acerto de detalhes, ou seja, assuntos internos da sigla. São apenas algumas questões da direção estadual que estão faltando, explicou. Ele lembrou que a passagem do cargo de presidente estadual do PDT, de Lessa para Sampaio, não abalou as relações no partido. Não há problemas e ninguém tem atrito algum no PDT, avaliou. O jantar foi suspenso por causa das discussões em torno da negociação da dívida pública e a retenção dos R$ 45 milhões. Por enquanto, a verba não está retida dos cofres do Estado para o Tesouro Nacional. Com o encontro programado para hoje entre o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e o governador, começam a se aproximar, mais uma vez, do Palácio Floriano Peixoto, os fantasmas do racha entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador alagoano. Lançando-se como um dos candidatos a presidente da República pelo PDT, na última terça, Lessa dizia: Se eu for assumir isso, serei oposição. A ameaça de racha se arrasta há três meses. |OR

Relacionadas