Política
Amélio: Eleição em AL passa por Celso

| PETRÔNIO VIANA Repórter O deputado estadual Cícero Amélio (PMN), um dos principais articuladores do chapão liderado pelo presidente da Assembléia Legislativa do Estado (ALE), deputado Celso Luiz (PMN), declarou acreditar que a eleição para o governo do Estado passará obrigatoriamente pela ALE e pelas mãos de Celso Luiz. Na opinião de Amélio, quem quer que seja o candidato, a vitória somente estará assegurada com o apoio desse grupo, composto por 16 parlamentares com mandato e mais oito futuros candidatos na disputa por cadeiras na Assembléia. O partido está unido e vai caminhar em bloco: para onde for um, vai o outro. Essa eleição para o governo do Estado vai ser diferente dos últimos 20 anos. Vai ter que passar pela Assembléia. Os deputados filiados delegaram ao Celso o comando das negociações por espaço, observa Amélio. Sobre o impasse na candidatura do senador Renan Calheiros ao governo estadual, Amélio diz não ter elementos para formar uma opinião. Se ele [Renan] ainda não sabe se será candidato, eu é que não posso dizer. Renan tem muito potencial para disputar o governo, mas depende da vontade dele, é uma decisão pessoal, pondera o deputado. Amélio revelou que, dentro das articulações do PMN, Celso Luiz poderá ser candidato ao governo, ao Senado Federal, no caso de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manter a decisão que torna o governador Ronaldo Lessa (PDT) inelegível por três anos; pode ser o candidato a vice-governador na chapa do deputado federal João Lyra (PTB) ou mesmo partir para a reeleição, com o PMN indicando o vice de Lyra. Lessa Cícero Amélio considera difícil a reversão, por parte do TSE, da decisão judicial contra Lessa. Seria o primeiro caso de reversão nos últimos 15 ou 20 anos. As provas contra o governador são contundentes e não estão sendo contestadas, só os procedimentos do Judiciário, comenta, lembrando que o quadro político vai sofrer alterações se Lessa não puder disputar o Senado. Na opinião de Amélio, a corrida pelo Senado ficaria entre os deputados federais Olavo Calheiros (PMDB), que já manifestou interesse, e José Thomaz Nonô (PFL), além do candidato apoiado por Lessa e de outros nomes que podem emergir até a definição das candidaturas. O deputado diz que ainda não tem um candidato. Essa questão majoritária será definida nas convenções, no meio do ano que vem. Até agora, eu não apóio ninguém nem para o Senado nem para o governo nem para federal. Só apóio a mim mesmo, que vou para a reeleição, brinca. ### Renovação na ALE deve ser pequena A Assembléia Legislativa do Estado (ALE), de acordo com o deputado Cícero Amélio (PMN), deverá sofrer uma renovação parcial nas eleições de 2006. Essa renovação, diz ele, seria provocada pelas candidaturas de parlamentares à Câmara Federal, como é o caso dos deputados Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), Francisco Tenório (PMN) e Adalberto Cavalcante (PDT). Segundo informações obtidas pela Gazeta, a candidatura de Adalberto Cavalcante à Câmara Federal foi definida em conjunto com o governador Ronaldo Lessa (PDT). Dentro das negociações, teria ficado acertado o pedido de licença por motivos pessoais, possibilitando a ascensão do suplente Adoniran Guerra (PDT), que também deverá se candidatar a deputado federal. As melhorias na rodovia de acesso ao município de Porto Real do Colégio, administrado pelo irmão de Cavalcante, também entraram na negociação. Nos bastidores da ALE, comenta-se que outros deputados estariam em dúvida sobre suas candidaturas à reeleição, como Maria José Viana (PSB), Ziane Costa (PMDB) e Judá Nicácio (PDT). Na avaliação de Cícero Amélio, a disputa pela Câmara Federal dependerá muito das coligações feitas por cada partido. Cícero Amélio demontra segurança ao afirmar que, após as eleições de 2006, os membros mais novos do PMN deverão permanecer na legenda. Segundo o deputado, o partido espera eleger pelo menos 14 candidatos. O PMN vai determinar a eleição do ano que vem. O processo de amadurecimento político vai fazer com que nossos candidatos permaneçam no partido depois de eleitos. Os acordos que fizemos são para dez anos e não para uma só eleição, aposta Amélio. Lepra do PT Na disputa pela Presidência da República, o deputado Cícero Amélio avalia que o PT corre o risco de isolamento político. O PT não vai querer o fim da verticalização para não ficar isolado, porque ninguém quer a lepra do PT, alfineta Amélio. O deputado aponta o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) como candidato oposicionista mais forte na disputa pela Presidência. |PV