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Semana deve ser decisiva para a Casal

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| ODILON RIOS Repórter Esta semana pode ser decisiva para a Companhia de Saneamento e Abastecimento D?Água do Estado de Alagoas (Casal), pelo menos em relação ao resultado da implantação de uma sindicância na companhia para investigar o suposto roubo de tubulação na adutora de Belo Monte, no sertão alagoano. A comissão tem oito dias, contados da semana passada, para entregar relatório à Assembléia Legislativa sobre os responsáveis pela ação no Sertão. Não está descartada a possibilidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso, na própria Assembléia. O presidente da Casal, Marcos Carnaúba, implantou na semana passada uma comissão para investigar o sumiço da tubulação de ferro fundido de diâmetro de 450 mm, da rede que liga a Estação do Mota a Jacaré dos Homens e Belo Monte. Mais estranho é que um ofício da Casal, de maio de 2004, dava conta de que a tubulação supostamente roubada era de grande quantidade de sucata e seria leiloada. Porém, em 24 de outubro deste ano, o Sindicato dos Urbanitários pediu que a Casal apurasse possíveis irregularidades referentes à venda da adutora de Belo Monte e obras executadas sem contratos. No dia 31 deste ano, Carnaúba solicitou a suspensão da retirada dos canos. Informamos, finalmente, que o motivo de tal determinação prende-se ao fato de que a retirada de tubos, em referência, vem de encontro aos interesses desta Companhia e dos usuários daquele sistema, destacou o presidente da Casal, em ofício do mesmo dia. Mesmo com a apuração do roubo, pelo menos um mistério ainda não será resolvido: o porquê de os maiores devedores da Casal, Estado e União, não tentarem evitar a falência da empresa. ### Albuquerque: Não posso descartar CPI para investigar Representante político de prefeitos da região abastecidos pela adutora de Belo Monte, o deputado estadual Antônio Albuquerque (PFL) reclama que a falta dos canos da tubulação gera uma preocupação às prefeituras: o abastecimento de água. Na verdade, a situação é muito delicada. Primeiro porque deixa a população de alguns municípios passando sede, em uma região como o Sertão, explicou. Sem licitação O próprio Albuquerque procurou o presidente da Casal, Marcos Carnaúba, na tentativa de uma solução para o impasse no Sertão. Disse que recebeu como resposta o desconhecimento da companhia. O encontro, segundo ele, aconteceu na quinta passada. Procuramos a Casal e a atual gestão não tem nenhuma informação, até agora, do que aconteceu com os canos dessa adutora, que foram vendidos, não se sabe a quem. A Casal nunca recebeu um centavo pela venda desses tubos; não há licitação, não há autorização legislativa e, o que é pior, ninguém consegue localizar os responsáveis por essa venda, disse o deputado. Ele [Marcos Carnaíba, presidente da Casal] assumiu que vai restabelecer o abastecimento de água, mesmo que precariamente, mas que possa minimizar o problema da população atingida, e depois, daí em diante, vamos tomar as providências que julgarmos cabíveis, ou seja, se vamos encaminhar para se apure a responsabilidade no Ministério Público ou a qual instância o caso deverá ser encaminhado, argumentou. Segundo Albuquerque, não está descartada uma CPI na Assembléia para apurar a situação da Casal e o roubo dos canos da adutora. Mas ele quer esperar a conclusão dos trabalhos da Companhia para se posicionar. Não posso descartar a CPI. Mas tenho que acreditar primeiro no presidente atual, lembrou. Venda e revenda O parlamentar disse que a tubulação, segundo ouviu dizer, foi vendida a R$ 0,17 e revendida a R$ 90. Foi tirada uma tubulação de 450 milímetros, está sendo colocada de 100 milímetros de PVC, sem nenhum projeto, sem nenhum acompanhamento técnico e, o que é mais grave, sem o acompanhamento da Casal, contou Albuquerque. Nove municípios podem ficar sem água. |OR

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