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Lessa: Não há dinheiro para presídios

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ODILON RIOS Repórter O governador Ronaldo Lessa (PDT) disse ontem que, apesar da troca do secretário de Ressocialização, Valter Gama, a crise no sistema carcerário alagoano ainda não acabou. Segundo o governador, o problema não é só de Alagoas, mas nacional, e sentenciou: Não tenho dinheiro para construir presídios. Existe superpopulação carcerária em todos os presídios do Brasil. Temos aqui 700 a mais nos presídios. Isso é um problema grave. Não tenho dinheiro para construir dois ou três presídios. Preciso de nove presídios pequenos e não tenho condições de fazer. Vamos ter que conviver com condições precárias até resolver isso, avaliou o governador. Lessa fez uma velada crítica ao Poder Judiciário sobre os crimes que acontecem em Alagoas, com envolvimento, segundo o governador, de pessoas importantes do Estado. O problema de Alagoas é que nunca se chega nos mandantes, e quando se começar a colocar os mandantes na cadeia, que é gente importante no Estado, começa a mudar Alagoas. Lessa informou que esse discurso foi feito no domingo, na Serra da Barriga, diante do presidente do Tribunal de Justiça, Estácio Gama, a quem, segundo ele, pediu apoio para limpar o Estado. Questionado se a Justiça é morosa, o governador respondeu, em tom comedido: É, entre outras coisas. Lessa voltou a criticar o juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu, ao mesmo tempo elogiando o trabalho do magistrado. A crítica de Lessa é que o juiz estaria soltando criminoso, em uma referência ao ex-soldado Garibalde Amorim, acusado na morte do tributarista Sílvio Vianna, em 1996. Diversas vezes o magistrado negou que o ex-PM tenha sido solto por colaborar com a Justiça na elucidação de crimes no Estado. Queda O ex-secretárioo de Ressocialização, Valter Gama, saiu do cargo depois que sua prisão foi decretada, há duas semanas. O secretário foi considerado foragido pela Justiça, mas, semana passada, se apresentou à polícia. Foi preso e, no mesmo dia, libertado por habeas-corpus e demitido do cargo. A prisão, para o Ministério Público Estadual, seria uma forma de evitar uma suposta interferência do então secretário na condução das investigações do assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis, em 28 de outubro, no presídio Baldomero Cavalcanti. Porém, antes da queda, rebeliões no sistema prisional alagoano expunham as falhas na segurança e a superlotação nas cadeias, denunciadas pelo juiz Marcelo Tadeu e pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB). ### Estado co-patrocina filme com R$ 600 mil Depois de ter ajudado na produção do filme A Ilha dos Escravos, criando até a Superintendência de Fomento à Atividade Cinematográfica e Audiovisual para contribuir nas filmagens o superintendente, o ator Francisco de Assis, faz uma ponta no filme o governador Ronaldo Lessa (PDT), que reclamava ontem da falta de dinheiro para o Estado construir presídios, desembolsou R$ 600 mil na produção do filme Muito gelo e dois dedos d?água, do diretor Daniel Filho, que começou a ser rodado na Praia de Ponta Verde, perto do Alagoinhas Iate Clube. Os dados foram colhidos na Secretaria de Comunicação. A produção é da Globo Filmes, com co-patrocínio do governo de Alagoas. Pelo contrato, o governo estadual fica responsável pelo financiamento da produção, na ordem de R$ 600 mil, sendo uma parte em dinheiro e outra em passagens e hospedagem do elenco e integrantes da produção do filme. A produção do filme está orçada inicialmente entre R$ 4,5 milhões e R$ 5 milhões, de acordo com produtora-executiva, Iafa Britz, segundo informou a Secom, no site Agência Alagoas. Muito gelo e dois dedos d?água é o quinto filme rodado este ano em Alagoas. Para incentivar a produção cinematográfica, o governo estadual criou a Superintendência de Fomento à Atividade Cinematográfica e Audiovisual, dirigida pelo ator alagoano Chico de Assis. As outras produções são a A Ilha dos Escravos, Gavião, o cangaceiro que perdeu a cabeça, que está sendo filmado na região do Sertão, e os documentários Costa dos Corais e Ouro Negro, que abordam a história do petróleo. Ontem, pela manhã, Lessa também inaugurou uma rádio, no bairro do Farol, pertencente à empresa Marquise, que até o ano passado detinha contratos de recolhimento de lixo em Maceió. Além de limpeza urbana, a Marquise também atua nos ramos da construção civil e comunicações. O investimento na rádio foi de R$ 1 milhão. |OR

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