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Serra faz campanha tucana em Alagoas

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| PETRÔNIO VIANA Repórter A palestra realizada ontem pelo prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), em Maceió, assumiu contornos de campanha política antecipada. Serra veio a Maceió para participar do ciclo de palestras promovido pelo PSDB alagoano e, mesmo com as negativas de que estaria iniciando sua campanha à Presidência da República em 2006 pelo único Estado de onde saiu vitorioso nos dois turnos da eleição de 2002, concentrou suas declarações em duras críticas à administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não apresentei nenhuma candidatura. Estou muito contente de estar bem nas pesquisas, mas entre isso e ser candidato há uma boa distância. Não posso dizer que seja candidato neste momento, desconversou Serra. O prefeito disse ainda considerar positiva a candidatura de Lula à reeleição, até para poder ter uma avaliação nacional. Nem mesmo a política econômica do governo federal escapou das críticas feitas por Serra. A economia continua crescendo lentamente. Esse foi um governo decepcionante. Tudo o que prometeu, no final, transformou-se em uma ilusão. Aquilo que era esperança, virou frustração, atacou. Durante sua palestra, José Serra se disse preocupado com a tese de que todos os políticos e partidos seriam iguais. Isso não vem só de eleitores insatisfeitos. A novidade é que quem diz isso agora é o PT, que se dizia diferente dos outros partidos, era o monopolista da ética e hoje se defende dizendo que são todos iguais. Nós não somos iguais ao PT. O PT trocou a ética da responsabilidade e da convicção pela ética da conveniência. Para Serra, as diferenças entre o PSDB e o PT são muitas. Não somos donos da verdade. Também cometemos erros, o que é inevitável, mas o que importa é que os acertos sejam maiores, mais relevantes que os erros, comparou, lembrando dos avanços do governo Fernando Henrique Cardoso, de quem foi ministro da Saúde. O PT chegou ao poder para curtir as benesses. Esse partido tem duas éticas, antes e depois do poder. Hoje, o que se vê é assassinato político, nepotismo, desvio de dinheiro de estatais. É a verdadeira banalização do mal, alertou Serra. O prefeito paulistano apontou a corrupção das instituições como fator mais preocupante da atual crise política brasileira. ### Fome Zero é um golpe de marketing O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou a distribuição de cargos no governo federal e o que chamou de patrimonialismo do PT em relação ao Estado. Quem confunde partido, governo e Estado não é republicano. Houve até o loteamento do controle das agências reguladoras. Isso é patrimonialismo, é usar o que é público em benefício próprio, observou. De acordo com o prefeito, um dos melhores exemplos de como a administração do PT afastou-se do discurso de campanha é o Programa Fome Zero. O Fome Zero foi um dos maiores golpes de marketing e publicidade da História, em todo o mundo. Ele não existe, foi uma invenção do Duda Mendonça [marqueteiro da campanha de Lula em 2002], atacou Serra. José Serra declarou, ainda, que o governo federal desprezou os avanços conseguidos na administração tucana porque se identificavam com o PSDB. A Funasa [Fundação Nacional de Saúde] foi loteada, voltaram as indicações políticas. O Ministério da Saúde foi balcanizado e dividido para atender às tendências do PT. O País não pode ser governado como se fosse um patrimônio privado, avaliou. Verticalização O deputado federal Rogério Teófilo (PPS), antes da palestra do prefeito de São Paulo, José Serra, declarou ser favorável à derrubada da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que determina a verticalização das coligações partidárias para as eleições de 2006. A PEC será votada hoje pela Câmara Federal. O vice-presidente da Câmara Federal, deputado José Thomaz Nonô (PFL), comentou ter ouvido, na última quinta-feira, de um líder petista, que o partido iria apoiar a derrubada da verticalização. O PT já tinha manifestado o interesse de manter a emenda. É necessário o voto de dois terços dos deputados para que ela seja derrubada. |PV

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