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PDT confirma Lessa como pré-candidato

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| ODILON RIOS Repórter O retorno do governador Ronaldo Lessa (PDT) ao comando do Estado na semana passada trouxe uma velha idéia de volta: a pré-candidatura dele à Presidência da República. O assunto sempre foi ventilado pelo governador, desde que ele entrou no PDT em fevereiro do ano passado. O discurso veio à tona depois que Lessa assumiu de vez a posição de anti-Lula, mas com recuos estratégicos: não é mais aliado do presidente, porém, reconhece suas qualidades. E o governador tem o apoio tácito do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. Se depender de Lupi, Lessa é mesmo pré-candidato do partido. Ele tem força política para disputar a Presidência da República e certamente é um dos nossos três pré-candidatos, acrescentou. Os outros dois são os senadores Jefferson Péres (AM) e Cristóvão Buarque (DF). O governador Lessa tem chances. Vamos discutir os critérios. Até abril, vamos resolver isso, declarou o presidente nacional do PDT. Mas o próprio governador, em entrevista coletiva semana passada, acredita na possibilidade de concorrer à Presidência. Sou candidato ao Senado da República e pré-candidato a presidente da República, pelo meu partido. Aconselhei que deveria ser o Cristóvão ou apoiar Heloísa. Acho até melhor neste instante que o meu nome. Forte ou fraco? Mas, o presidente nacional do PDT, ao conversar com a Gazeta, na última sexta-feira, não falou em apoiar outros partidos, incluindo o P-Sol. Não temos como falar agora quem é o mais forte ou o mais fraco, apontou. Pedetistas ouvidos pela reportagem e que concorrem ao cargo excluíram a possibilidade de prévias no PDT para a escolha de nomes. Lupi não revelou os critérios para a escolha do pedetista que vai concorrer este ano à Presidência da República. Porém, uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada semana passada, pode frustrar a carreira de Lessa na corrida ao Planalto. De cinco cenários da pesquisa, com candidatos diferentes, em quatro o senador Cristóvão Buarque é o nome melhor posicionado para a disputa. Ele teria 1% dos votos, perdendo para a senadora Heloísa Helena (P-Sol). Em todos os cenários, o governador não é citado nem como lembrança. Na simulação para o segundo turno, Buarque soma nas pesquisas, ficando a disputa polarizada entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (48%) e o prefeito de São Paulo, José Serra (43%); em um segundo cenário, Lula (53%) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (35%); em terceiro cenário, Lula (56%) e o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho (28%). Em baixa Porém, nem mesmo integrantes da tropa de choque de Lessa acreditam na candidatura dele ao Palácio do Planalto. Para o gestor de Articulação Colegiada, Pedro Alves, as chances maiores do governador são que ele concorra ao Senado. O PDT não tem colocado o governador como candidato a presidente, disse. Isso não é uma idéia do governador, mas da direção nacional do PDT. Alguns membros da Executiva Nacional colocaram o nome dele, afirmou o gestor. Perguntado se em uma escala de 0 a 100% quais as chances de Lessa concorrer ao Senado, Alves respondeu: A candidatura dele ao Senado chega a 80%. ### Buarque: Eu apoio Lessa; Jeferson: PDT vai decidir Se a pesquisa Datafolha for levada em consideração como critério para a escolha do candidato a presidente da República pelo PDT, o senador Cristóvão Buarque (DF) sai na frente, mas, segundo ele próprio disse a Gazeta na sexta-feira, não me considero nem pré-candidato, mas estou no banco de reservas, completou. Ele prefere não arriscar nomes do partido, mas disse que apoiaria Lessa. Informado que o próprio governador votaria nele (Cristóvão) para a Presidência, ele respondeu: E eu apoio ele (Lessa). Quanto a aparecer nas pesquisas, se ele for o candidato, ele vai crescer, disse. Segundo o senador, a idéia é que o PDT se apresente como alternativa ao modelo político brasileiro. Ou seja, não seguir a polarização entre PSDB e PT. Ao mesmo tempo, devemos colocar em primeiro lugar o problema social, não o econômico. A transformação social e a integração do Brasil, avaliou. Ex-petista Cristóvão Buarque era ministro da Educação no governo do presidente Lula. Deixou o ministério e o PT, com fortes críticas à política econômica do governo federal. Perguntado se o clima no PDT pode gerar a indicação para vice em alguma composição, o senador negou: O clima é ter candidato próprio. Porque isso ajudaria a aumentar a bancada do partido no Congresso Nacional. Anti-lula O senador Jefferson Péres (AM) também acredita na criação de um sentimento anti-Lula. O partido está escolhendo quem encarnaria o anti-lulismo e ir de encontro ao eleitorado, afirmou. O presidente Carlos Lupi fará as sondagens. Ele ainda mandou um recado a Lessa, sobre a candidatura à Presidência da República. Fico inibido de falar sobre estas coisas por que sou parte interessada. Cristóvão e eu estamos no meio do mandato. Se perdermos a eleição à Presidência da República, continuaremos no mandato de senadores. Pelo pouco que sei sobre Alagoas, o governador está com uma eleição garantida ao Senado, apontou. Ele arriscou ainda que se for candidato a presidente da República e chegar ao segundo turno, poderá ganhar as eleições. Se eu for candidato, terei uma tarefa difícil: chegar ao segundo turno. Mas, se eu chegar, ganho as eleições contra Lula. Boa parte de outros partidos votaria em mim, esclarece Péres. Ele declarou que não busca votos no partido, mas se colocou à disposição da legenda para concorrer como presidente, se a escolha recair sobre seu nome, e disse que a decisão deve sair do partido. O PDT inteiro é quem deve decidir. Se deve ter candidato próprio ou não e com potencial para crescer, finalizou o senador amazonense. |OR ### Lessa se afasta de Lula após uma duradoura lua-de-mel Dos três pré-candidatos à Presidência da República, o governador alagoano é o que está em situação pouco confortável, pelo menos em relação a Lula. Primeiro, assumiu que tentaria unir PDT à base aliada do governo federal. Nunca conseguiu. Ameaçou, por diversas vezes, o rompimento com o presidente, mas sempre recuando, justificando que precisaria manter afinidade com o Planalto para administrar o Estado. Na inauguração do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em setembro, fez críticas a Lula, que estava na inauguração. Lessa ouviu o troco. Depois, o Tesouro Nacional reteve R$ 45 milhões, repassados pelo governo federal ao Estado por intermédio do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Com a influência política do presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB), conseguiu reverter a situação; depois, foi a vez do aumento do comprometimento da receita para pagamento da dívida do Estado, de 15% para 22%, resultado da negociação das Letras do Tesouro Estadual. Novamente, Renan mudou o caso. Na última terça-feira, na visita de Lula a Arapiraca, Lessa não foi. |OR

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