Política
PMDB não depende da verticalização

| PETRÔNIO VIANA Repórter A manutenção da verticalização das alianças partidárias para as eleições deste ano, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última sexta-feira, não interfere nos planos do PMDB em lançar candidatura própria para a Presidência da República. Essa é a avaliação do governador licenciado do Rio Grande do Sul e um dos pré-candidatos do partido, Germano Rigotto. De acordo com o governador, que esteve em Maceió no último fim de semana, a decisão do TSE foi equivocada. Não acredito que se possa fazer uma reforma política pelo final. Tem que haver uma mudança no sistema eleitoral, no sistema partidário, para então fazer a verticalização. Não acredito que essa decisão seja positiva. O PMDB ainda acredita na manutenção da desverticalização, mas a candidatura própria não depende da verticalização. Vamos ter nosso candidato, disse Rigotto. O governador licenciado esteve em Alagoas com o objetivo de mobilizar o partido em torno das prévias para a escolha de seu candidato à Presidência. A votação acontece no dia 19 deste mês. Rigotto - que estava acompanhado do senador Pedro Simon (RS) e dos deputados federais Eliseu Padilha (MG) e César Shimer (RS) - disputa a preferência dos militantes do PMDB com o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho. O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros, também do PMDB e contrário à realização das prévias neste momento, não compareceu ao encontro. O senador foi representado por seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros, e por seu filho, o prefeito de Murici, Renan Filho. Terceira via Segundo Rigotto, a intenção do PMDB é oferecer uma terceira via ao eleitorado, para acabar com a polarização entre o PT e o PSDB. O governador criticou os dois partidos. Quando a campanha começar, será mostrado o que aconteceu neste governo, os desvios que foram feitos. Se for eleito, o presidente Lula não vai conseguir montar uma base de sustentação. E o PSDB vai sofrer com uma oposição forte das ONGs, das entidades representativas. O PMDB tem trânsito e o respaldo de todas as bancadas do Congresso, observou Rigotto. Em clima de festa, apesar da ausência de Calheiros, o governador Rigotto pousou para fotos com militantes e abraçou lideranças peemedebistas do Estado, entre eles, os prefeitos Carlos Eurico Leão, o Caíca, de Porto Calvo, e Cícero Cavalcante, de São Luiz do Quitunde, e presidentes de diretórios.