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Abílio: Não posso sair como vice do Téo

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| PETRÔNIO VIANA Repórter O vice-governador Luis Abílio de Sousa (PDT) revelou ontem que não tem a intenção de compor, como vice do senador Teotônio Vilela Filho (PSDB), a chapa que disputará o governo do Estado contra o deputado federal João Lyra (PTB). De acordo com Abílio, mesmo que tivesse vontade de integrar a chapa governista, isso não seria possível devido à legislação eleitoral. Eu não posso sair como vice de Teotônio Vilela. A legislação me impede. O único cargo ao qual eu posso me candidatar é para o governo do Estado. A candidatura a vice-governador me obrigaria a uma renúncia ao cargo de vice que eu ocupo hoje. Não foi para isso que a sociedade elegeu o governador Ronaldo Lessa e a mim, justificou Luis Abílio, pouco antes da abertura oficial do Seminário Regional de Assistência e Inclusão Social, do qual participou também o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias (PT). O vice-governador declarou ainda não ter ambições pessoais no que diz respeito às eleições deste ano. Se eu não for escolhido como o candidato, eu vou cumprir o meu mandato sem nenhum problema. Eu não tenho nenhuma ambição pessoal nisso. Eu sou um homem de grupo, sou um homem de projeto. Se o projeto me conduzir para enfrentar a candidatura, eu vou. Se encontrarmos um nome melhor para enfrentar essa candidatura, eu vou dar todo o meu apoio, toda a minha força política, prometeu Abílio. Convergências O vice-governador Luis Abílio não quis dar como certa a escolha do nome do senador Teotônio Vilela Filho para a disputa pelo governo, representando o bloco governista. Para Abílio, o período é de negociação. Nós estamos em uma fase de conversas. As convergências estão indo mais para o lado do senador, mas isso ainda não está fechado, comentou. Por outro lado, Abílio manifestou sua impaciência com a demora na definição do nome que encabeçará a chapa para a disputa majoritária. Eu estou rezando para que isso, até o fim do mês, a gente tenha conseguido chegar a um denominador comum porque nós precisamos realmente começar a nossa batalha eleitoral, montar a conjuntura política, montar a rede de apoio às candidaturas. É preciso que a gente tome uma decisão o mais rápido possível, observou. Aliança branca Para o vice-governador Luis Abílio de Sousa, a manutenção da verticalização das coligações partidárias em nível nacional não deverá trazer prejuízos ao grupo político do governador Ronaldo Lessa, mas pode trazer dificuldades na articulação das alianças que estavam sendo planejadas. O ruim da verticalização é que, na base regional, você perde um pouco o controle. Você fica sempre na dependência das decisões dos diretórios nacionais. Se nós não tívessemos a verticalização, o ajuntamento de forças aqui no Estado seria muito mais fácil do que com ela, mas vamos dar um jeito para vencer essa batalha, disse Abílio. Entre as formas políticas com as quais o grupo pretende lidar com a verticalização, está a reedição da aliança branca que uniu Lessa e os senadores Teotônio Vilela e Renan Calheiros (PMDB) em 2002, quando PSB, PDT e PMDB ficaram em lados opostos na disputa presidencial, o que impediu o grupo de formar uma aliança oficial na disputa pelo governo do Estado. Abílio admitiu essa possibilidade. É uma alternativa. Foi uma alternativa em 2002 e pode ser agora, sem nenhuma dúvida, afirmou. ### Uma vaga no TCE para o vice de Lessa | ODILON RIOS Repórter Praticamente descartado da sucessão estadual, o governador em exercício, Luis Abílio (PDT), disse ontem que seria a maior honra ser indicado a uma vaga como conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE). As declarações foram dadas antes da posse de novos secretários, no clássico ronaldízio, estilo de remanejamento de membros do governo. Ver matéria abaixo Apesar de falar da vaga no TCE, Abílio dizia que não estava objetivando conseguir o cargo de conselheiro. É evidente que o fato de ir ao Tribunal de Contas seria a maior honra, nessas condições. Mas também não faço disso uma meta política, uma meta de vida. Pode ser uma conseqüência, alguma coisa natural, contou, lembrando: Mas não há nada formado nesse sentido até porque eu sempre disse que não há vaga no conselho. Só terá vaga a partir de 2007. Em 2006 estou governando o Estado, evidente que não posso pleitear uma vaga em local nenhum. Perguntado sobre seu destino, a partir de 1º de janeiro de 2007, quando estará desempregado, Abílio desviou: O meu papel, que eu sempre disse, é assumir a partir da vacância do governador Ronaldo Lessa, que sai para uma candidatura a senador e eu assumo o governo para tentar continuar esse trabalho de mudanças e cumprir as promessas de campanha, que algumas estão sendo cumpridas. As vagas Atualmente, três vagas podem ser abertas no tribunal, para acomodar o vice-governador alagoano: a de José Alfredo, José de Mello e a do atual presidente Edval Gaia. Todos estão com 69 anos de idade. Pela lei, quando o conselheiro completa 70 anos, deverá deixar a função. O salário é de R$ 11 mil e as sessões acontecem uma vez por semana. José Alfredo e José de Mello completam aniversário em dezembro. Pelas regras, as próximas vagas a serem abertas (com a morte ou aposentadoria do conselheiro) serão ocupadas pela Assembléia Legislativa, que não precisa indicar, necessariamente, um deputado estadual, mas qualquer pessoa, desde que tenha a aprovação dos parlamentares. A Assembléia deverá indicar três membros. O último conselheiro a entrar no TCE foi Otávio Lessa, irmão e indicado pelo governador. Para o preenchimento da vaga, após a saída do membro do tribunal, o Tribunal de Contas demora cerca de um mês para a escolha dos nomes. Além da aprovação da Assembléia, tem de se contar com o aprove-se do governador. ### Vice-governador volta a assumir agenda De maneira estranha, o governador Ronaldo Lessa (PDT) sumiu do mapa na manhã de ontem, quando era esperado para realizar mais um rodízio na administração pública. Na quarta-feira à noite participou de um evento no Centro de Cultura e Exposições. Horas antes, passou o cargo ao vice, Luis Abílio, conforme estava publicado ontem, no Diário Oficial do Estado (DOE), com a justificativa de ter que se ausentar do Estado. Havia ainda a expectativa do encontro entre o governador e o senador Teotônio Vilela Filho (PSDB) para tratar sobre política. Não se sabe se a reunião aconteceu. Brasília ou Rio A Gazeta apurou que Lessa teria ido a Brasília ou Rio de Janeiro resolver assuntos ligados ao PDT. A reportagem tentou, mas não conseguiu, conversar com o governador. A Secretaria de Comunicação (Secom) informou que Lessa teria uma viagem marcada a Brasília, para resolver assuntos ligados ao PDT. Porém, desmarcou o compromisso para se reunir com o ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e atual secretário geral Ibero-Americano, Enrique Iglesias. Assunto: turismo alagoano e festival de cinema. A passagem do governo de Lessa para seu vice, Luis Abílio, foi explicada pela Secom como um ato de cortesia, já que os novos secretários, empossados ontem, ficarão com Abílio até o fim do ano. Posse Ontem, tomou posse o novo chefe do Gabinete Civil, Luiz Gonzaga. O ex-integrante da pasta, Arnaldo Paiva, sai da função para tentar disputar uma vaga na Assembléia Legislativa. O coronel Jurandi Ferreira de Araújo deixa a Ouvidoria Geral do Estado para assumir uma das assessorias do governador. Em seu lugar, ficou o ex-secretário de Defesa Social, Paschoal Savastano. De acordo com Abílio, mais quatro ou cinco mudanças estão previstas para acontecer até o dia 27 de março, quando os membros governistas que vão concorrer a algum cargo público devem deixar o governo. Vamos definir os secretários que desejam uma candidatura, apontou o governador em exercício do cargo, Luis Abílio, pela manhã. Abílio assume o governo dia 31. De acordo com ele, a tendência é que seja mantido o desenho político, como chamou, dos partidos que estão na base do governo Lessa. Os órgãos que possuem membros indicados por estes partidos devem permanecem em suas respectivas legendas partidárias. |OR ### Tucanos ventilam nome de Célia com PMDB | PETRÔNIO VIANA Repórter A existência de um grupo, dentro do PSDB, que defende a candidatura da ex-prefeita de Arapiraca, Célia Rocha, para o governo do Estado, em uma composição com o PMDB, com a indicação do médico cardiologista José Wanderley - coordenador do partido e candidato derrotado a prefeito em 2004 - para vice na chapa, foi confirmada na tarde de ontem pelo presidente do partido e ex-prefeito de Penedo, Alexandre Toledo. No entanto, a indicação por parte do grupo político do governador Ronaldo Lessa (PDT), do nome do senador Teotônio Vilela Filho (PSDB) para a disputa majoritária estadual, segundo Toledo, tem a aprovação da maioria dos tucanos de Alagoas. O partido está torcendo pelo senador. Acho que a candidatura dele é viável e essa parece ser a opinião geral do PSDB no Estado, comentou o presidente do partido. O presidente do PSDB alagoano revelou que a candidatura de Célia Rocha, mesmo sendo apontada por alguns membros do partido, não chegou a ser discutida com profundidade. Existe um grupo que gostaria de ver a Célia candidata ao governo, essas conversas vêm acontecendo de uns dias para cá, mas não houve uma discussão dentro do partido sobre isso, disse Toledo. Entretanto, o tucano aponta para a unanimidade do partido em torno da candidatura de Téo Vilela. Na hora que o senador abraçar a candidatura, a de Célia deixa de existir. A própria Célia é uma grande incentivadora do Téo, dá todo o apoio a ele. O senador, saindo candidato, vai ter a unanimidade do partido, garantiu Toledo. Alternativas No caso de uma confirmação da candidatura do senador Teotônio Vilela Filho, a ex-prefeita Célia Rocha teria outras alternativas para a disputa eleitoral de 2006. O presidente do PSDB, Alexandre Toledo, aponta, entre os possíveis cargos a serem disputados por Célia, a Câmara Federal e até mesmo a vaga de vice na chapa de Vilela, em uma composição puro-sangue do tucanato local. A Célia é um grande nome, não somente por ser uma figura do partido, mas por ser uma mulher, com uma densidade grande de votos e ter um trabalho muito bom em Arapiraca. Temos conversado muito e ela pode sair para federal ou mesmo como vice do Téo. Por que não? Se a verticalização das alianças for mantida e dificultar muito as composições no Estado, essa seria uma possibilidade, mas o entendimento do partido é formar uma aliança em prol do nome de Téo, explicou Toledo. Na avaliação do presidente do PSDB em Alagoas, a coligação nacional do partido com o PFL pode ser dada como certa. A aliança nacional com o PFL é quase uma realidade, com o PFL indicando o vice de Alckmin [Geraldo, governador de São Paulo]. Essa probabilidade é muito grande, porque são dois partidos que marcharam juntos, fizeram oposição ao governo federal, justificou. Alexandre Toledo acredita que essa aliança poderá ser positiva para o PSDB alagoano. Essa é uma aliança boa para o partido. O PFL tem grandes nomes no Estado, como o deputado federal Thomaz Nonô, que hoje é um político de expressão nacional. Seria interessante para o PSDB essa junção com o PFL, avalia. Na opinião de Toledo, a aliança entre o PSDB e o PFL, no Estado, não traria problemas para o governador Ronaldo Lessa, que poderia ser alijado do apoio do tucanato. Mesmo se a verticalização for mantida, isso não vai impedir uma aliança com Lessa. Só se o PDT apresentar uma candidatura para a Presidência da República, pode surgir algum problema, observa. O deputado José Thomaz Nonô já declarou que, por uma questão de Física, não estará onde Lessa estiver. Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, ironiza. ### Téo diz estar pronto para governo | ODILON RIOS Repórter O senador Teotônio Vilela Filho (PSDB) cumpriu uma agenda ontem de candidato ao governo do Estado, apesar de insistir que aguardava a decisão do presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB), para a vaga. Durante a comemoração da emancipação do município de Pilar, fez promessas, lembrou das obras que, segundo ele, ajudou a construir como senador na era do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso e mandou um recado ao outro pré-candidato ao governo, deputado federal João Lyra (PTB). Ele está de um lado e eu estou do outro. A vida da gente nos leva a lugares que a gente não traçou em definitivo, dizia, em uma rádio, direto de Pilar. Compete ser responsável diante do que a vida coloca, contou, falando sempre da sua candidatura ao governo, depois, desviava, como se nada estivesse definido sobre seu futuro político. O meu nome está sendo convocado, estou pronto. Não está definido o candidato ao governo. Hoje, meu candidato é Renan. Se não for, ele ainda não disse isso. O Renan reúne as melhores condições, discursava. À tarde, o senador se encontrou com o governador Ronaldo Lessa (PDT) para discutir a conjuntura estadual. Ontem, Lessa sumiu de Alagoas pela manhã. Nos discursos, o senador falava em felicidade, agradecia a Deus e soltava críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À Gazeta, Téo falou da possibilidade de aproximação entre ele e o Partido dos Trabalhadores (PT) em Alagoas. Lembrou que conversou com membros petistas, a exemplo do presidente do diretório estadual do partido, Paulo Fernando dos Santos, o Paulão; o diretor-presidente da Companhia Energética de Alagoas (Ceal), Joaquim Brito, e o diretor-presidente do Fundo de Amparo a Pesquisa de Alagoas (Fapeal), Thomaz Beltrão. Há muitas questões que nos aproximam. Nacionalmente, nossos partidos estão em posições antagônicas. Não é fácil, estamos conversando. Ontem, em Pilar, mostrando que uma aliança PT e PSDB será praticamente impossível, o senador alfinetava o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que teria desdenhado da candidatura à Presidência do tucano e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Quem bota sapato alto, costuma quebrar o salto. O Lula está usando a máquina para viagens, em plena campanha para a Presidência, afirmou, lembrando que Lula é candidato à reeleição. O senador elogiou o governador paulista, reconheceu que Alckmin não é uma figura carismática, porém, possui obras em São Paulo. Ele conseguiu diminuir os impostos e aumentar a arrecadação. Apoios Na conversa com a reportagem, Téo disse que, se fosse candidato, teria o apoio do senador Renan Calheiros e do governador Ronaldo Lessa. Adiantou ainda a conversa com prefeitos e correligionários. Estou me preparando para quando a bola chegar. Estou pronto para chutar para o gol. Em 2004, Téo se candidatou à prefeitura da capital, fazia promessas, mas, no início da campanha, desistiu de concorrer. O motivo na época, segundo ele, eram problemas de saúde do seu irmão, José Aprígio Vilela, morto ano passado. Perguntado se iria desistir da disputa, respondeu, em tom provocador: Está brincando? Encaro essa pergunta como uma brincadeira.

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