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CENSO AGROPECUÁRIO MOSTRA QUE DESEMPREGO TOMA O CAMPO EM AL

Queda na geração de empregos por meio de estabelecimentos rurais no estado já alcança 27,6%

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O Brasil registrou quedas de pessoal ocupado. Em 2006, havia 15.568.205; em 2017 caiu para 15.105.125. Alagoas também registrou queda superior a 27,6%. Tanto que em 2006 451.743 pessoas trabalhavam nos estabelecimentos, 11 anos depois caiu para 326.913 pessoas. O número de estabelecimentos dirigidos por mulheres registrou um considerável aumento em Alagoas. Em 2006, o número de mulheres à frente do empreendimento se restringia 16,68%; já em 2017 aumentou para 23,30%. Mesmo assim, se mantém a predominância dos homens à frente do negócio rural, com 76,70%. Esta é também uma realidade nacional. O Brasil tem 81,30% dos estabelecimentos dirigidos por homens e 18,70% por mulheres. Para fazer o Censo Agropecuário de 2017, o IBGE gastou em Alagoas R$ 13, milhões, mobilizou 329 recenseadores que percorreram mais de 200 mil quilômetros no estado, ou seja, a distância equivale a cinco voltas no planeta seguindo pela linha do Equador. Numa linha reta entre Maceió e Porto Alegre equivale ao percurso de 78 idades e voltas. Se for analisada a distância percorrida pelos 20,5 mil profissionais mobilizados nos 27 estados, o saldo equivale a 90 voltas em torno da Terra. Com o uso de tecnologia moderna, o IBGE conseguiu obter a precisão do curso percorrido por novas rotas, novas estradas, caminhos e dos rios utilizados para chegar nos estabelecimentos agropecuários.

INVESTIMENTO

O Censo Agropecuário é uma fotografia rural do País. Os preparativos para as coletas de dados começaram em 2015, revelou o coordenador do IBGE em Alagoas, Neilson Omar. O último censo ocorreu em 2006.

O IBGE considera como estabelecimento agropecuário toda unidade produção/exploração dedicada, total ou parcialmente, a atividade agropecuária, florestais, herbívoras e aquícolas. Independentemente do tamanho, da forma jurídica (se pertence a um produtor, a vários produtores, a uma empresa, a um conjunto de empresas etc) ou de sua localização (área rural ou urbana). Todo estabelecimento agropecuário tem por objetivo a produção: para venda (comercialização da produção) ou para a subsistência, quer dizer, para o sustento do produtor e de sua família; identifica o conceito básico.

OPERACIONALIDADE

O questionário aplicado tinha 42 quadros com 565 opções de perguntas variáveis. Dependendo do produtor, as questões voltadas a linha de produção diversificada, as 565 variáveis tiveram que ser preenchidas. Os recenseadores gastaram em média 28 minutos em cada questionário. O governo federal investiu nesta operação nacional de pesquisa R$ 697 milhões, sendo R$ 13,5 milhões só em Alagoas. Cada questionário custou aos cofres públicos R$ 137. A tecnologia via smartphone agilizou o trabalho. Se fosse feito manualmente levaria mais de uma hora cada questionário, disse o chefe do IBGE no estado, Alcides Tenório. As coletas dos dados começaram no período de primeiro de outubro de 2017 e foi até fevereiro de 2018. A revisão dos dados coletados encerrou em julho de 2018. O período de referência é de 01/10/2016 a 30/09/2017. Para fazer o Censo Agropecuário, o IBGE identificou 5.073.329 estabelecimentos, dentre eles 98.542 em 102 municípios alagoanos. O número de visitas foi bem maior. Os recenseadores estiveram em 7,5 milhões de endereços no Brasil e 151 mil em nosso estado. Constatou- se, assim, que o País tem 5 milhões de estabelecimentos agropecuário; em Alagoas, pouco mais de 98 mil. Para o trabalho foram contratados temporariamente 28 mil pessoas, dos quais 465 profissionais no estado. Entre os contratados, 20,5 mil foram recenseadores, 329 se dedicaram a coleta de dados em Alagoas.

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