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Nº 5852
Política

ÁREA PLANTADA DIMINUI E PRODUÇÃO DESPENCA

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Por arnaldo ferreira | Edição do dia 02/11/2019 - Matéria atualizada em 02/11/2019 às 06h00

/Para manter o sustento da família, o trabalhador rural tem buscado produções alternativas principalmente no Agreste
/Cenário agrícola no interior do estado é de desolação em boa parte dos 102 municípios

De acordo com os resultados do Censo Agropecuário em 2017, o valor da produção de Alagoas representa 4,79% da produção nordestina, à frente do Rio Grande do Norte, Paraíba e Sergipe, disse o chefe da unidade do IBGE em Alagoas, Alcides Tenório. No mapa nacional, a produção vegetal do Brasil somou R$ 307,6 bilhões, enquanto a do nosso estado ficou em R$ 1,69 bi; a produção animal rendeu R$ 157,4 bilhões para o País e a do estado R$ 874 milhões. O censo mostra que Alagoas registrou crescimento na produção de animais: em 2006 subiu de 9,64% para 34,06% em 2017. Pesquisadores externos do IBGE atribuem o crescimento da produção animal ao uso da tecnologia que possibilitou mais precisão na coleta de dados. Os números oficiais atestam que entre animais de grande porte houve um pequeno crescimento em 11 anos, de 63,90% para 69,58% em 2017; os de médio porte, que eram de 5,04%, saltou para 6,12%; no setor de aves, caiu de 27,28% para 21,94% em 2017. Na categoria de pequenos animais outra queda de 3,78% para 2,34%.

LAVOURAS

Quanto ao uso das terras em Alagoas, curiosamente segue a mesma tendência dos anos de 1970. Com relação as lavouras de uso temporário (cana-de-açúcar, milho, feijão, arroz) houve queda para 30,90% da área plantada, enquanto em 1970 era maior, 31,7%; o percentual de pastagem natural em 1970 era de 28,3% e subiu em 2017 para 35%. A pastagem plantada seguiu a mesma tendência: subiu de 13,5% (1970) para 19,5% no censo de 2017. O crescimento do desmatamento pode ser observado também com sinais negativos. Nos anos 1970 havia 23,6% de matas naturais, enquanto neste último censo caiu para 10,7%. Os números revelam a regressão em 2017 ao patamar dos anos 1970.

VEGETAIS

Outro destaque é relativo à produção de vegetal no País, que em 2006 era 89,85% e em 2017 caiu para 65,94%. Neste quadro as lavouras permanentes (pastagem) caíram de 13,82% para 6,14%. As temporárias, que eram de 84,45%, subiram para 89,13%. Hortifruticultura também subiu de 1,10% para 3,92%, silvicultura subiu de 0,13% para 0,36%; floricultura caiu 0,47% 0,24%; e a extração vegetal subiu de 0,3% para 0,21.

QUEDA DA CANA

Chama atenção também que em 2017 o valor da produção da cana-de-açúcar de Alagoas, que já foi um dos principais produtos da agricultura nordestina, atingiu R$ 1,22 bilhão e o valor para venda chegou a R$ 945 milhões. Em 2006, Alagoas representava quase 58% do valor da produção regional, 11 anos depois caiu para 31%. A área plantada, neste período, também caiu para 585,6 mil hectares para pouco mais de 50%, ou seja, 264,5 hectares. A queda na produção foi brutal. Em 2006, o estado produziu 34.268.175 toneladas, onze anos depois caiu 13.625.617 toneladas. Isto mostra produção semelhante de 1975, quando foram colhidas 11.554.711 toneladas de cana. Os outros produtos visualizados na balança comercial foram: mandioca, que em 2017 atingiu R$ 59.249 no valor de compra; milho em grão, R$ 3.878; fumo em folha seca, R$ 8.841; palma forrageira (alimento para o gado em período de estiagem), R$ 4.566; feijão, R$ 2.393; abacaxi, R$ 14,43; e arroz em casca, por R$ 1.710.

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