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Política

EX-GOVERNADOR DE MINAS DEIXA A CADEIA

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Por CAROLINA LINHARES - FOLHAPRESS | Edição do dia 09/11/2019 - Matéria atualizada em 09/11/2019 às 06h00

São Paulo, SP - O ex-governador de Minas Eduardo Azeredo deixou o batalhão do Corpo de Bombeiros, em Belo Horizonte, onde cumpria pena, por volta das 18h45 de sexta-feira (8). Saiu num carro preto, acompanhado do filho e dos advogados, sem dar declaração à imprensa. Primeiro nome de peso do PSDB a ser preso por escândalo de corrupção, Azeredo teve a soltura concedida após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que barrou a prisão após condenação em segunda instância. O ex-governador cumpria pena de 20 anos e um mês pelo mensalão tucano. Cerca de um ano após ser preso, em 23 de maio de 2018, Azeredo chegou a pedir a desfiliação do PSDB, se adiantando a uma faxina ética do partido que prometia expulsar os enrolados em corrupção e que acabou não ocorrendo. Seguindo o entendimento do STF à época, que autorizava a prisão após condenação em segunda instância, Azeredo começou a cumprir pena por peculato (desvio de recurso público) e lavagem de dinheiro depois que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou seus últimos recursos na corte. Agora ele pode aguardar em liberdade os seus recursos no STF e no STJ (Superior Tribunal de Justiça). O ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou em Cuiabá que a discussão sobre a prisão em segunda instância foi influenciada pela própria Operação Lava Jato, que teria utilizado prisões alongadas contra investigados. Gilmar disse que desde 2016, quando a Corte estabeleceu que o cumprimento de pena ocorreria após decisão em segunda instância, já se previa discutir novamente, o que ocorreu na quinta-feira (7), quando por 6 a 5 se decidiu que o réu só pode cumprir a pena após o trânsito em julgado. "Eu vinha apontando esses desvios já algum tempo. Falei várias vezes em 2016, 2017, nós temos um encontro marcado com as prisões alongadas em Curitiba". O ministro ainda responsabilizou a imprensa.

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