migração partidária
PSL EM ALAGOAS VIVE CLIMA DE INDEFINIÇÃO APÓS SAÍDA DE BOLSONARO
Aliados no estado reforçam fidelidade ao presidente, mas cenário ainda é de incertezas com o anúncio da criação de novo partido

![Presidente do PSL em Alagoas, Flávio Moreno diz que ‘com a criação de partido ou não, continuo leal [a Bolsonaro]’](https://cdn.gazetadealagoas.com.br/img/Artigo-Destaque/210000/800x600/PSL-EM-ALAGOAS-VIVE-CLIMA-DE-INDEFINICAO-APOS-SAID0021309800-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.gazetadealagoas.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F210000%2FPSL-EM-ALAGOAS-VIVE-CLIMA-DE-INDEFINICAO-APOS-SAID0021309800.jpg%3Fxid%3D424335%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1751215609&xid=424335)
O anúncio de que o presidente Jair Bolsonaro deixou o PSL ainda causa dúvidas em seus partidários alagoanos. Na Assembleia Legislativa Estadual (ALE), o único deputado eleito pela legenda, Cabo Bebeto, ainda não sabe como se posicionar, oficialmente, por conta das dúvidas que a decisão do presidente ainda provoca. Bebeto foi procurado pela reportagem pouco antes do início da sessão na ALE. Ao ser indagado sobre o seu futuro político, ele preferiu ser objetivo, mas sem antecipar detalhes dos próximos passos. “O que posso dizer é que fui, sou e continuarei sendo fiel ao presidente Bolsonaro”, disse Bebeto reconhecendo que o tema ainda é muito melindroso para emitir um posicionamento definitivo. Na ALE, desde que tomou posse, o parlamentar tem feito menção a ações do presidente da República, até mesmo das posições polêmicas, a fim de manter a sintonia com o seu eleitorado. Quase que semanalmente cita algum projeto ou o que considera avanço da postura de Bolsonaro. Por ser o único parlamentar da legenda e, consequentemente, ser o quadro de maior visibilidade, ele tem sido cotado para ser o candidato a prefeito de Maceió em 2020. A informação, inclusive, ganhou força após visita à Brasília (DF) durante encontro com o presidente do PSL, Luciano Bivar. Durante o encontro, Bivar - que ainda estava com boa influência junto a Bolsonaro - não hesitou em garantir que caso o PSL optasse por candidatura própria “o nome para a disputa seria Bebeto”. Isso explica a dificuldade de Bebeto de definir sua posição sobre o surgimento da nova legenda, uma vez que existem acordos firmados, negociações em andamento e até mesmo alianças articuladas.
DESDOBRAMENTOS
Essa também é a posição do presidente do diretório estadual do PSL, o agente de Polícia Federal Flávio Moreno. À espera por posições oficiais do partido sobre a situação dos Bolsonaros, ele também reafirmou a sua lealdade ao presidente da República. “Com criação de partido ou não, continuo leal. Aguardo os desdobramentos do quadro político. Sou quem mais defende o presidente Bolsonaro, em Alagoas, conforme se comprova nas redes sociais, durante a campanha e mídia. Sua saída do PSL não muda minha defesa do presidente”, enfatizou Moreno. Conforme informações que obteve, mas sem revelar as fontes, Moreno disse que até onde tinha conhecimento, apenas Bolsonaro e o filho e senador Flávio Bolsonaro teriam dito que deixariam a legenda que os elegeu. Entretanto, os deputados federais continuariam. “A democracia brasileira permite a criação de partidos políticos. Em breve deve ser criado, conforme pronunciamento do presidente Bolsonaro. É louvável a criação de mais um partido de direita, assim se confirmando”, defendeu o dirigente do PSL alagoano. Ele avalia que isso será positivo para a direita, os liberais e os conservadores, pois terão mais uma opção, em detrimento da esquerda, que tem vários partidos. “Estamos aguardando os desdobramentos”, concluiu Moreno.