Executiva do PMDB confirma apoio ao governo

Brasília ? Agora é oficial. A executiva nacional do PMDB aprovou por ampla maioria o apoio, no Congresso, ao Governo do Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Foram 12 votos a favor, 3 pela independência e uma abstenção. O Líder do partido no Senado, Renan Calheiros, teve atuação decisiva no longo processo de negociação com o PT. Na reunião de ontem, o senador alagoano foi o terceiro a falar. Fez uma exposição sobre os desafios do PMDB, sobre as responsabilidades do partido na superação do que ele chamou de ?fracasso social? ? os resultados negativos na área social acumulados ao longo dos últimos anos. Renan Calheiros pediu aos outros integrantes da Executiva que pensassem nestes problemas e na necessidade de que o Governo desse certo para superar a fome, a pobreza e o desemprego. ?O PMDB precisa ajudar o País e superar as dificuldades sociais e econômicas para melhorar a vida das pessoas?, declarou o Líder. Sobre a participação do partido no Ministério do Governo Lula, Renan Calheiros disse que o PMDB não está fazendo pleitos. Mas admitiu que considera natural que, se houver a confirmação do convite, o partido ?ocupe um espaço proporcional ao seu peso político e ao seu tamanho?. O Líder do PMDB tem sido considerado um dos principais interlocutores do PMDB com o Governo. Tem conduzido as negociações com o Ministro José Dirceu, da Casa Civil, e com o próprio Presidente Lula. Ao lado do Presidente do Senado, José Sarney e do Líder do partido na Câmara, deputado Eunício Oliveira, Renan tem procurado impor um novo tipo de relação política, baseada mais no debate de idéias e propostas, como as reformas constitucionais, e no programa de Governo do PT e do próprio PMDB. Mas não esconde que ?o partido deseja dividir responsabilidades de governo, participando das decisões governamentais?. Em outras palavras, Renan considera natural que o PMDB vá para o Governo, mas como conseqüência de um processo de aproximação que tenha como base o apoio às reformas e a outros projetos que ?ajudem o País a voltar a crescer, a gerar empregos e a combater a miséria?.