Política
Ato pede justi�a para crime do professor Paulo

FÁBIA ASSUMPÇÃO O Comitê de Combate à Impunidade e Violência Política em Alagoas, que reúne diversas entidades, promoveu um ato público, ontem de manhã, em frente ao Colégio Marista, para pedir a punição dos envolvidos na morte do professor Paulo Henrique Costa Bandeira, cujo corpo foi encontrado carbonizado dentro de um Gol há mais de duas semanas, nos arredores de Satuba. O ato foi realizado exatamente no dia em que foi divulgado o resultado oficial do exame de DNA realizado pelo Laboratório de Genética da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A viúva, Silene Bandeira, e a filha, Raiza, 16 anos, presentes, cobraram justiça. Segundo a polícia, o suspeito do crime é o prefeito de Satuba, Adalberon de Moraes (PTB), que teria ameaçado o professor de morte por ter denunciado irregularidades na aplicação de recursos do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização de Magistério (Fundef), na Escola Municipal Josefa Silva Costa. O prefeito está no presídio Baldomero Cavalcanti, mas por envolvimento no assassinato do assessor parlamentar James Alves dos Santos, ocorrido em dezembro, em Satuba. O ato contou com a participação de professores e alunos do Colégio Marista, onde Paulo Bandeira também ensinava, e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Alagoas (Sinteal), Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL), Câmara de Vereadores e várias entidades sindicais. De mãos dadas, os participantes do ato fizeram orações pela paz no Estado. O presidente da OAB/AL, José Areias Bulhões, enfatizou a importância do ato para que o assassinato do professor não figure na lista da impunidade. A diretora do Sinteal, Jarede Viana, reforçou que a educação nunca foi tão aviltada em Alagoas como com a morte de Paulo Bandeira. Os presidentes da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia e Câmara de Maceió, deputado Paulo Fernando dos Santos e vereador Thomaz Beltrão, também cobraram justiça para o caso.